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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Av. 20 de Agosto

Os quatro mais à frente, da esquerda pra direita: Divino Mastrela, José Tavares, Hozana (o craque do time do CRAC antes da conquista de 1967, natural de Goiandira, já falecido) e Clésio Rabelo (era o goleiro). O último mais ao fundo me parece ser Nêgo, goleiro campeão em 1967. Esta fotografia foi tirada na Av. 20 de Agosto, em frente ao Edifício Nasr Faiad. Nesta época o trecho compreendido entre a Prç. Getulio Vargas e a rua Dr. William, era com duas pistas e mão dupla. Aqui a turma encontra-se sentada em um dos bancos que ficavam na calçada central que separava as duas pistas. Neste local havia uma torre com uns 10 metros de altura e no alto havia um enorme relógio. Reparem a porta da torre ao fundo. Há uma placa, também, com uma propaganda do Empório e Livraria Rubro Negro. Mais ao fundo o sempre imponente prédio do Cine Teatro REal. Esta foto é de meado da década de 1960.

Na Panficiadora

Em pé da esquerda pra direita:Paulo Costa, Marion, Zé Elias, Randolfinho, Edward Paranhos, Julinho, Zé Avelino, Porquinho (Irineu Nicoletti).
Agachados da esquerda pra direita: Girafa, Dominó, Paulo Abrão, Higino e Wanderlei Nicoletti.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

O centro de Catalão

Em imagens publicadas anteriormente, foi mostrada a Praça Getúlio Vargas em épocas distintas. As transformações foram muitas, inclusive no nome. Mas, além de mostrar as mudanças porque passou o centro da cidade, esta fotografia revela detalhes interessantes.


Na parte de baixo, na Av.20 de Agosto, da direita para a esquerda: O Bar e Restaurante Irapuan (onde hoje funciona uma igreja evangélica), a sede social e Salão de Festas do CRAC (hoje Farmácia Felicidade), o comitê de campanha dos candidatos a prefeito e vice, Leovil Fonseca e Bento Rodrigues. Tempos depois ali funcionou o bar Taco de Ouro, onde havia 4 mesas oficiais de bilhar. Hoje o HSBC está ali instalado. Ao lado, a mesma casa pertencente ao Sr.Mizael Nogueira, sogro do Prof. Chaud e de Dr. Lamartine Avelar. Lá ainda mora Da. Nelita Nogueira, filha do Sr. Mizael. Na esquina está o Empório Goiás, de propriedade de William Tartuci, comércio do ramo de eletro-domésticos. Reparem na marquize, propaganda dos colchões EPEDA e um luminoso da marca PHILCO. As portas da loja estão fechadas o que sugere que este dia fosse um domingo ou feriado. Reparem acima do luminoso da Philco, um auto falante, tipo corneta: nas noites de sábado e domingo, a Praça Getúlio Vargas era o ponto de encontro e as pessoas ficavam passeando pelas calçadas e esses momentos eram embalados por uma programação musical que vinha do auto falante em questão. Era uma forma que William Tartuci encontrou para fazer o merchadising, pois, em alguns intervalos um de seus filhos fazia a propaganda da loja. Era o serviço de auto falante do Empório Goiás.
Bem mais ao fundo á esquerda, podem ser vistas 3 casas iguais, ao lado do cemitério. Elas foram construídas por Álvaro de Mendonça Netto, o Alvim, e doadas para famílias carentes. Ao fundo à direita, o Colégio São Bernardino de Siena. Esta fotografia foi tirada, muito provavelmente, dosobrado onde hoje funciona um serviço de medicina do trabalho e onde morou, por muitos anos a família do sr. Jairo, proprietário da Casa das Ferragens. Clique na imagem pra ampliá-la.

O Candidato

Propaganda política do então candidato a prefeito Mauro Faiad, em1986.

Jovens Talentos

A Jovem Guarda, a Beatlemania, o Festival de Woodstock, o Tropicalismo foram pontos de referência na formação musical e comportamental da juventude nas décadas de 1960 e 1970.
Estes movimentos lançaram moda e serviram de ponto de partida para que muitos tentassem a carreira artística como meio de vida. Em Catalão, nesta época, a cena artística também sofria a ação dos ventos que o vendaval cultural soprava aos 4 cantos do planeta, não só na música como também no teatro. Festivais de Música foram realizados, importantes peças teatrais foram encenadas e grupos musicais ensaiaram os primeiros acordes nos palcos da cidade.

Aqui o grupo musical "Os Júniors" animando baile no salão do CRAC. Identifico da esquerda pra direita: Divino Mastrela, Castro Alves e Wisner (Wisner, anos depois, viria a falecer em acidente automobilístico, juntamente com 2 primos, no chamado Trevo da Morte, em Uberlândia).
SE você identificou mais alguém, escreva para nossocatalao@gmail.com

Aqui, bem ao estílo Woodstock, Sueli Paschoal canta acompanhada de Juarez de Melo e Tuti.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Drama Familiar

Meu propósito, ao criar o NOSSOCATALÃO, nunca foi o de esgotar toda a história de Catalão. Minha intenção, como historiador, é, tão somente, oferecer indícios que possam trazer para o presente um pouco de entendimento do nosso passado. As fotografias e fatos aqui publicados não passam de indícios, de vestígios que, em algum momento, se interligam, se complementam com as coisas presentes e proporcionam alguma compreensão sobre fatos e acontecimentos.
O instigante, o emocionante no trabalho de busca por documentos e fotografias é a surpresa, é a descoberta de algo inusitado,algo que causa perplexidade. É um sentimento semelhante ao do arqueólogo que acaba de descobrir um grandioso e expressivo sítio arqueológico.
Digo isso, pois, foi exatamente o que me ocorreu. Sabendo dessa minha iniciativa, meu amigo de longa data, o José Maurício, enviou-me um documento muito revelador e não menos surpreendente. Vejam a seguir.



Trata-se de um cartão em que o casal Sr. José Salles e Da. Natália (os pais do Zé Maurício) participam aos amigos e familiares o nascimento dos seus filhos trigêmeos. Eu, que conheço a família há muito tempo, desconhecia este fato. Os três sobreviveram até a idade de um ano e faleceram em 1949. De acordo com Zé Mauríco a causa da morte teria sido uma dose de vacina contaminada ou com o prazo de validade vencido, contra a doença de crupe, ou difteria laríngea. Essa doença provoca a inflamação das vías aéreas superiores dificultando a respiração. Os trigêmeos nasceram quando Júlio Antônio, o mais velho dos irmãos (Sueli, José Silvio e José Maurício) já havia nascido anos antes.

Filho Ilustre


Antônio Salles Filho. Formou se em linguas em Belo Horizonte, pós graduou em Wisconsin EUA, lecionou na Universidade de Strasbourg na França, na Stanford University em Palo Alto, California, na Universidade de Paris IV. Retornou ao Brasil na decada de 70 para lecionar na Universidade de Brasilia, onde se tornou decano e se aposentou em 1988.

Importante

Caro leitor.
Para ver as postagens mais antigas, vá até o final da página. Lá existe um link "Postagens antigas". É so clicar nele que as imagens aparecerão.

No Crac

Sheila, Dudu Paschoal, Carlos Goulart e Fátima. A presença de garrafas de champagne sobre as mesas sugerem que os casais participam de Baile de Reveillon no salão do CRAC, provavelmente na década de 1970. É o que sugere os trajes e o corte de cabelos das jovens senhoras.

Casa Santa Rita

Esta fotografia é muito interessante. O local aqui mostrado é onde fica a antiga Praça Uberlândia e hoje Praça Aguiar de Paula. Na casa branca que se vê ao fundo, funcionava um comércio, Casa Santa Rita, de secos e molhados de propriedade de Venerável Mesquita, pai do Nery Mesquita, o popular Nerim. Conduzindo o carro de boi está Pedro Primo, irmão de Jorge Primo que durante muitos anos produziu e engarrafou o Guaraná Amazonas. Curiosidade: onde existia a Casa Santa Rita, hoje funciona a Embalagens Nacional, de propriedade de Velomar Rios, o atual prefeito.

O Carnaval em dois tempos

O carnaval de Catalão sempre motivou os foliões a formarem os tradicionais blocos para animarem o evento. Acima, bloco formado, salvo engano, lá pelos idos de 1920/30. Não consigo identificar ninguém nesta fotografia, todavia, de acordo com informações, Bruno Paschoal é o primeiro, à esquerda, sentado na mureta. Vejam que lindos bebês!!! Esta fotografia é de 1976 no carnaval do CRAC. Durante 6 a 7 anos consecutivos, esta turma ganhou os concursos de blocos realizados no CRAC. Aqui fazem parte, da esquerda pra direita: Ezequiel, Fernando Netto, Sylvim Netto, William Faiad, Naim Fayad, Marcelo Bretas (no colo), Carlos Netto, Fábio Campos e José Henrique Cosac. No chão estão Guliherme Netto, Adib Elias e Renato Netto. Reparem a mancha no abdomem de Fernando Netto: é de nascença e tem a forma de um coração. Ela existe até hoje.


Ponte no Rio São Marcos

Esta fotografia mostra o início das obras da ponte sobre o Rio São Marcos. Iniciada e inaugurada na administração do prefeito Ciro Netto, na década de 1950, a ponte, obra muito importante para a região, até os dias atuais está em uso e faz a ligação entre os municípios de Catalão e DAvinópolis. A região concentra gandes extensões de terras em cultura de primeira o que favorece a produção da pecuária de leite e corte. Todavia, muito destas terras será inundado pelo represamento do Rio São Marcos com a construção da Hidrelétrica Serra do Facão. Outra ponte sobre o São Marcos, rio acima, ficará sob as águas. Em seu lugar uma outra está sendo construída e possui mais de 500 metros de extensão.

A marvada pinga

Rótulo de refrigerante de limão produzido pela família Duarte. O nome Cidinha e a imagem, acredito, referem-se à irmã do vice prefeito Miranda e esposa de Saturnino Moreira Castro, do Posto Eldorado.

A vocação do nosso município pela fabricação de aguardente de cana é antiga, data do século XIX. No ano de 36 do século passado, de acordo com Antonio Azzi em seu Catalão Ilustrado, Catalão contava com 198 engenhos de produção de açúcar mascavo, rapadura e aguardente. Com o tempo, entretanto, outras culturas e atividades agropecuárias foram tomando lugar nas prática do dia a dia do homem do campo e, hoje, poucos são os quem se dedicam à produção da cachaça.
O rótula acima, da Aguardente Brasileira, produzida e engarrafada na Fazenda Ribeirão, de propriedade de Antônio Sebastião Duarte durante, segundo informações, na década de 1970.

Batizado de Paulo Abrão

Paulo Abrão é filho de Nicolau Abrão e de Da. Samira. Nesta foto, a reunião festiva comemora seu batizado. Paulo Abrão é a criança no colo bem ao centro da fotografia. De acordo com informações, quem o segura é Abdala Abud. Bem ao fundo, reparem a pessoa fazendo de conta que está entornando uma garrafa de cerveja: conforme apurei, é o pai de Paulo, Sr. Nicolau Abrão. O primeiro à esquerda é Elias Democh que, a exemplo dos anfitriões e de tantos outros nesta foto, faz parte do grande contingente de imigrantes árabes que se estabeleceram em Catalão a partir do fim do século XIX, até meados do século XX. Se você reconhece alguém desta foto, envie seu comentário para nossocatalao@gmail.com

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Catalão 1980/1990

Henrique Oedekoven e sua esposa Maria, Wisner Tartuci e Ricardo Safatle. REparem ao fundo a turma da batucada e sobre a mesa uma garrafa de Guaraná Brahma.

Na mesma festa, podemos ver, à esquerda, Tartucin, falecido em acidente automobilístico.

Lucília e seu irmão Manoel, filhos de Dr. Lamartine P. de Avelar. Manoel faleceu vítima, também, de acidente automobilístico, no município de Formosa, onde era comerciante.



Sumaia Democh, Leninha e Graça durante desfile do aniversário de Catalão, na Av. João XXIII, em frente à Nova Matriz. Graça, também já falecida em trágico acidente em que foi vítima de atropelamento na rodovia que vai para Goiânia.
O cotidiano de uma cidade é assim composto: de momentos de celebração à amizade, de sociabilidade, de alegrias, mas, também, de boas lembranças e tristes saudades.

1920




As imagens acima retratam Catalão na década de 1920. Ao compararmos estas fotografias com outras do mesmo lugar, em épocas posteriores, podemos observar com que intensidade ocorrem as mudanças na paisagem urbana. A arquietura seguindo o ritmo da modernidade, a urbanização se adequando às necessidades humanas, a economia ampliando o poder aquisitivo da população, possibilitando a incorporação de novas tecnologias na contrução civil. As 3 imagens são de trechos da atual Av. 20 de Agosto, que possuía nomes distintos em cada um deles, como Rua 15 de novembro, Rua do Comércio, Rua Municipal.

O Imigrante


Jagunços

Esta foto registra uma realidade não só de Catalão, no século XIX, mas é o retrato do Brasil. Uma época em que crimes eram cometidos pelos motivos mais fúteis, uma época de emboscadas e de justiça pelas próprias mãos. Aqui, de acordo com Antônio Miguel Jorge Chaud em seu Memorial do Catalão, Eliseu da Cunha e seus jagunços em 1892, todos devidamente paramentados.

Missão Cruls

Para ampliar o texto, clique sobre ele.




segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Cel João de Cerqueira Netto

O intendente é uma figura da administração pública de origem francesa. Era um agente do rei durante o Antigo Regime, investido de poderes policiais e tributário. Na América Latina o cargo de intendente foi introduzido pela dinastia dos Bourbons, existindo atualmente somente na Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai, que são responsáveis por uma determinada zona geográfica de tamanho médio. Na Argentina, cada cidade importante possui uma intendência, portanto, cada provincia conta com muitas intendências. No Chile, os intendentes são os funcionários aos quais compete o governo interior das treze regiões político-administrativas em que está dividido o país. Caso similar é o do Uruguai, onde os intendentes são as autoridades encarregadas de administrar cada um dos dezenove departamentos do país. No Paraguai os intendentes são as máximas autoridades encarregadas de administrar cada um dos municípios do país, semelhantes aos prefeitos brasileiros. No Brasil, a figura do intendente existiu até 1930, quando surgiu a figura do prefeito como hoje a conhecemos.

João de Cerqueira Netto, o 1º intendente de Catalão. Antes, exerceu o cargo de Delegado de Polícia. João de Cerqueira Netto é pai de Mário de Cerqueira Netto (Seu Inhozico) que também foi intendente de CAtalão. Filho de Seu Inhozico, João Netto de Campos foi o primeiro prefeito eleito pelo voto popular em Catalão, na década de 1940, cargo para o qual fora eleito, novamente, em 1968.

Churrasco e Chope

A reunião de amigos em torno de um barril de chope e um braseiro com suculento churrasco é algo há muito praticado. Nesta fotografia é possível notar o barril de chope e a turma segurando seus copos com o líquido precioso. Chama a atenção o fato de todos estarem trajando elegantes ternos o que, certamente, para os padrões da época, era o costume. E também o senhor mais à direita empunhando um grande espeto de madeira com um naco de carne. Seria uma picanha?

Curiosidade: reparem o cidadão agachado bem ao lado do barril, segurando um copo vazio como que querendo dizer: aqui bebe mesmo!

A mesma praça, as mesmas flores, os mesmos jardins...

Praça da República, depois Praça Pedro Ludovico e hoje Praça Getúlio Vargas

Catalão Futebol Clube

O futebol, a partir do momento em que se popularizou no país, caiu nas graças do povo catalano, também. as imagens a seguir retratam o Catalão Futebol Clube em dois momentos distintos. Reparem que de uma década a outra, assim como ocorre hoje em dia, a mudança no estilo dos uniformes é algo que chama à atenção. Na primeira fotografia a presença de catalanos pertencentes às camadas mais abastadas da população nos diz que, assim como nos grandes centros, o esporte, nos seus primórdios, além de elitista não permitia a presença de jogadores negros. Todavia, com o passar do tempo e com o surgimento de craques negros, não teve como impedir que eles fizessem parte do plantel (segunda fotografia). O Fluminense do Rio de Janeiro, um dos mais tradicionais times do Brasil e surgido na aristocracia carioca, recebeu a denominação de "Pó de Arroz" justamente pelo fato de um de seus craques ser negro e, para disfarçar a cor, faziam-no cobrir-se de pó de arroz durante os jogos.



O campo do Catalão Futebol Clube abrangia uma área situada, hoje, nas imediações da praça Duque de Caxias, da Câmara dos Vereadores e rua Frederico Campos e Rua Nassim Agel. Depois que o campo do Catalão foi loteado, e ainda hoje ainda é comum ouvir alguém se referir ao local como campo do Catalão, referindo-se ao bairro, algo semelhante como Boca da Onça (bairro São Francisco), Rua da Grota (bairro Santo Antônio), Rua do São João (bairro São João).

Reconhecimento a Catalão

Em 1956 Catalão foi eleito um dos municípios brasileiros a apresentar os maiores índices de crescimento. O reconhecimento veio através de solenidade realizada no Palácio do Catete, sede do governo federal, na cidade do Rio de Janeiro, então capital federal. Para receber o respectivo diploma das mãos do Presidente Juscelino, o então prefeito de Catalão, Antônio MiguelJorge Chaud esteve presente.

Concessionária Ford


sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Paulo Abrão, assíduo frequentador da Panificadora, também, deu seu depoimento para minha monografia.

Seu Fiore não bebia na frente dos filhos, e os filhos não bebiam na frente dele. Então ficava ele de um lado do balcão, o copo assim por baixo e o Mário na outra ponta de lá com seu copo também. Aí eles iam bebendo, bebendo, iam ficando bêbados, iam chegando perto um do outro e quando eles já estavam bem tonto, aí não tinha jeito mais de esconder o copo. E numa vez quando os dois já estavam bem bêbados o Mário chegou pro pai e perguntou: “pai, esse dinheiro todo que o senhor já ganhou e bebeu tudo, se fosse hoje o que é que o senhor faria”? O pai respondeu: “bebia tudo de novo”. (Paulo Abrão, depoimento, setembro/2006)

Conquistando o eleitor.

De Hélio Pereira Martins, neto de Francisco Cassiano Martins (Usina Martins) ouvi o seguinte fato.

Vô Chico e João Netto foram olhar uma fazenda lá pelos lados da Anta Gorda. Numa certa altura João Netto abanou a mão para um poste de cerca. Vô Chico estranhou aquilo e falou: Uai João, cê cumprimentou um poste de cerca! - Eu? De jeito nenhum. – João, aquilo era um poste de cerca. E ficou aquela dúvida. Na volta, passando pelo mesmo caminho, Vô Chico parou em frente ao poste e disse pro João Netto: desce lá João, vai lá abraçar o sujeito!

História de padeiro

Por ocasião da escrita de minha monografia de conclusão do curso de História sobre a Panificadora São José, ainda na fase de pesquisa entrevistei Wanderley Nicoletti, o último dos irmãos homem, ainda vivo. Na ocasião ele me contou o seguinte acontecido:

Um dia o Paulinho saiu pra entregar o pão. Chegou numa casa, tava cedinho ainda, a porta tava aberta ele era conhecido e entrou e pediu um gole de café. Aí a dona da casa foi lá buscar o café e deixou ele sentado no sofá. Quando ela voltou com o café ele tava dormindo no sofá. E ela ficou com dó de acordar ele e deixou ele ali dormindo. Pouco mais tarde os fregueses começam a ligar: “ué Mário cadê o pão que não chegou até agora”? Nisso o Mário pega a perua (uma Rural Willis) e vai atrás do Paulinho e encontrou a carroça parada. Ele chegou e ele tava dormindo e a dona da casa justificou: “ué fiquei com dó de acordar ele e deixei dormir mais um pouco”. (Wanderley Nicoletti, depoimento agosto/2006)

Parece um filme

Durante determinado período, entre as décadas de 1960 e 1970, a administração do Cine Teatro Real esteve por conta de José Sebba (Gráfica São João). Nessa época a estrada até Uberlândia era de terra e os filmes chegavam em Catalão trazidos pelo Expresso Araguari. Eram enormes rolos acondicionados em enormes latas redondas e de espessura fina. Jair Sebba, então irmão do gerente do Cine Teatro Real contou-me o fato a seguir

"Um dia, o ônibus chegou e tava faltando um filme. Passou um tempo depois e chegou aqui na gráfica um fazendeiro, perguntando pelo seu Zé Sebba: “pois não, sou eu mesmo”. E o homem falou: “tem uma lata de doce com o nome e endereço do senhor, ta qui ó!” Era a lata com o filme. Com as bacadas da estrada, o bagageiro do ônibus abriu e o filme caiu e saiu rolando pelo pasto. Aí, o fazendeiro achou e tinha o endereço na etiqueta, aí ele trouxe o filme".

A mentira anda à cavalo

Havia em Catalão um oficial de justiça de nome João Silvestre. Um belo dia, João Silvestre, à cavalo, passou em frente à casa de Coronel Afonso Paranhos. Ao vê-lo, Afonso Paranhos gritou do alpendre de sua casa: “Vem cá João, vem contar uma mentira”! João respondeu: “agora não posso coronel, to indo no velório do compadre fulano de tal”. Esse compadre era,também,compadre de Afonso Paranhos.
Nisso Afonso Paranhos corre até a esposa, Da. Rola, e pede: “Rola ajeita meu terno, o compadre morreu e vou até a casa dele”. Chegando na casa do compadre ele dá de cara com ele e João Silvestre numa animada prosa e foi logo recriminando: “Uai João, você não disse que o compadre tinha morrido”? Ao que João respondeu: Ué coronel, o senhor não me pediu pra contar uma mentira? Então”!

Em família

Naim Elias, sua mãe Nadima Safaltle, a tias Maria Paschoal e Luizinha (esposa de Jamil Safatle) e Maria Augusta. Esta foto foi tirada na casa do Sr. José Sebba e de acordo com informações, na ocasião comemorava-se o aniversário de Vera Sebba, filha de José Sebba e mãe de Rafael Sebba, o jornalista esportivo da TV Anhanguera. O aparelho de TV, nessa época, fazia parte da decoração de sala e era muito pouco acessível às camadas mais populares devido ao seu alto preço. Era algo que conferia um certo status a quem possuía.

Depois da festa

Depois do desfile, os alunos se reúnem na Churrascaria Kambota. A Kambota ficava onde funcionou a Bettu's Pizzaria, na Av. 20 de Agosto e onde hoje existe uma loja de calçados. Uma curiosidade: na entrada da churrascaria havia uma metade de roda de carro de boi, fixada na parede, que tem o nome de cambota. Daí o nome do estabelecimento. Aqui a bela Leida, e logo atrás, Bernadina Gomides.

Jorge de Melo e Roberto Paschoal.



Marise Ulhôa, Bernadina, Suzete Elias e Fábio Netto.


Jorge de Melo e sua namorada Lúcia.

Leida na entrada da Churrascaria. Reparem bem atrás dela, uma parte da Kambota na parede. De construção rústica, o local era todo cercado de bambú. 2 anos mais tarde, em 1974, a churrascaria pertencia a Jorge Elias, mais conhecido como Jorge da Marún. Neste ano a filha de Jorge, Maria Tereza, viria a contrair meningite e faleceu aos 14 anos.

Desfile 150 anos de Independência

As alunas do Col. Est. João Netto de Campos.
Carro alegórico e a encenação da execução de Tiradentes.

Mais alunas do Col. Est. João Netto de Campos.


Alunas do Mãe de Deus: Marize Ulhôa e Mirian Rosa.




Carro alegórico do Mãe de Deus: Gorete Rocha (a primeira à esquerda na parte de baixo); a terceira é Mirian Salviano (irmã de Marina Salviano - Officinal). Identificou mais alguém? Deixe seu comentário.



150 anos, também.

Participação do extinto Colégio Anchieta, um dos ícones da educação em Catalão e região, em desfile cívico comemorativo aos 150 de Independência do Brasil (1972). Observem no canto inferior esquerdo uma bandeirinha. clique sobre a imagem para ampliá-la, você verá a inscrição "Salve Brasil - 150 anos de Independência". Da esquerda pra direita: Roberto Pachoal, Eliomar Pereira (Marim do Baldo), José Ronaldo, José Sebba (Zezim da gráfica), Paulo Castanheira e José Silvio Paschoal. Neste ano, o Colégio Anchieta não era mais exclusivo para alunos do sexo masculino.
João Margon, hoje médico. Logo atrás, Valfrido Ulhôa.

O diretor do Anchieta, Prof. Adilson Aires, supervisiona a fanfarra. Da direita pra esquerda: nos bumbos, Jorge Jacob, Olegário Martins, Juarez Mesquita, Gilson Paschoal; no surdão, Luciano.

Em Caldas Novas


As informações que recebemos sobre esta fotografia indicam que ela foi tirada em Caldas Novas. Nela identifico João Margon (o segundo da direita pra esquerda) eem seguida Elias Safatle. Se você identificar mais alguém, mande seu comentário.

Aniversariante?

Esta foto, muito provavelmente, registra o aniversário do Roberto Paschoal Safatle, o Betonça da Suporte Agropecuária, no início da década de 1960. Nesta época havia uma espécie de clube chamado CENAC, cujo salão era na sobreloja do Edifíco Heloísa, onde hoje funciona a escola de inglês CCAA e, ao que tudo indica, é o local onde a festa acontecera. Não conseguimos decifrar o significado de CENAC. Nesta foto, além de Da. Maria Paschoal e seu filho Roberto, identificamos Da. Filomena Paschoal. Ao fundo à esquerda de braços cruzados, está Mauro Netto. Foi neste mesmo salão que, em 1960, foi oferecida recepção ao Presidente Juscelino que aqui esteve para inaugurar a BR106, hoje BR050.