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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Um lugar e algumas histórias

Esta fotografia, enviada por José Maurício, a julgar pelo automóvel, sugere ser de meados para o fim da década de 1940. Observem que na esquina da praça, à direita, ainda não havia sido erguido o prédio que abrigaria, anos mais tarde, o Empório Goiás, de William Tartuci. Nesta esquina, aliás, situava-se a residência do Senador Paranhos, em fins do Século XIX. Observem, também, que a grande árvore que ainda hoje existe na Praça Getúlio Vargas, já estava bem crescida. Na outra esquina, onde hoje encontra-se a Ricardo Eletro, funcionou nos anos 1960/70 "A Construtora", loja de materiais para construção de Osires Pimentel Ulhôa, pai de Fernando Ulhôa, diretor da SAE e que hoje, contando com mais de 80 anos, vive em sua fazenda no município de Campo Alegre. No casarão que aparece por trás do coreto funcionava, nos idos de 1960/70, o Bar das Vitaminas. A 20 de Agosto ainda sem calçamento e a faixa extendida por sobre a avenida, ao que parece, sugere algum ato da classe dos bancários. Não dá pra ler totalmente, mas, a primeira frase é algo parecido com: Catalanos, em compreensão gesto dignificante... Na frase do meio: Bancários todo Brasil deliberamos hipotecar inteiro... E na frase de baixo: até tenhamos obtido bom êxito justas aspirações de cla...
Ali, em frente onde a faixa foi extendida, funcionou uma agência bancária. Seria, pois, os dizeres da faixa uma menção a algum movimento grevista? Em 1946, durante o governo do Presidente Dutra, os bancários permaneceram paralisados numa greve que durou 19 dias e só retornaram ao trabalho com a posse do Ministro do Trabalho Otacílio Negrão de Lima. Todavia, o automóvel que aparece na fotografia tem todas as características de ser um Chevrolet 4 Door Sedan 1948. Mesmo assim, o período compreendido entre final da década de 1940, início de 1950 foi marcado por intensa atividade sindical, principalmente, dos bancários.

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