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quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Motocross em Catalão
Na década de 1980, por volta de 1983/84, alguns amigos (Zé Mário Ferreira, tonim, Tartucin e, mais tarde, Deusmar Barbosa) adquiriram motocicletas tipo Trail e, depenadas, improvisaram uma pista nas proximidades do antigo aeroporto (hoje corpo de bombeiros) e passaram fazer proesas, pulando obstáculos, etc. A idéia pegou e logo programou-se uma corrida extra-oficial, com supervisão da federação goiana de motociclismo. Foi um tremendo sucesso. A partir dalí a febre pegou e por vários anos, não só Catalão como também Três Ranchos e outras cidades da região, passaram a promover corridas do gênero. Inclusive, pilotos de Catalão, disputaram campeonatos de nível nacional, como foi o caso de Deumar Barbosa que disputou várias corridas do Hollywood Motocross, o mais importante torneio nacional da época. As imagens a seguir, resgistraram o primeiro evento do gênero em Catalão.
Dia de treino: da direita para esquerda: Luis Antônio (Totõe), Ricardo Safaltle, a filha Bruna, Lucília, Daniela Goulart e de boné vermelho Sylvim Netto.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Cidadão Catalano

Copa do Mundo 1986
Em 1986 a Copa do Mundo foi disputada no México. Nas quartas de final, após o empate com a França, a seleção brasileira foi desclassificada nos penaltis tendo o goleiro francês defendido a cobrança de Zico, garantindo, assim, a ida da França para as semi-finais. Como de costume, no Brasil a torcida sempre se reúne nos "points" para assistir aos jogos. Na ocasião, o local da hora em Catalão era a Bettu's Pizzaria. As fotos a seguir registram alguns momentos antes e após os jogos do time brasileiro.
Torcedor trajando camiseta da UNE

Na carreata, na carroceria da camionete dirigida por Dr. Aldo, da esquerda pra direita: Danilo Isaac, os filhos de Dr. Abadio Taís e os gêmeos Ricardo e Rodrigo e a filha de Dr. Aldo.

Assistindo ao jogo, no primeiro plano, da esquerda pra direita, Taís, Dr. Aldo e sua esposa, Laila, Dr. Dirceu. Bem à frente está Rodrigo Seara, filho de Dr. Dirceu. Atrás estão Mara Naves, Kátia Estrêla, Adriana Dahas. Ivo gaúcho atrás de Dr. Aldo. No balcão, virando uma lata de cerveja, Luizão da Massa. Ao seu lado o proprietário da Caroline Discos, que ficava ao lado da pizzaria.
Wilson Tartuci, Délio Paes, Joni BoaNata (já falecido), Wisner Tartuci. Não reconheço o cidadão em pé.
Fausto, Dirceu, César Mori e Ivo Gaúcho
Encostados na parede Fausto, Fabinho Faiad. Na batucada é possível notar a presença de Vítor tocando um tamborim. Filho de Sr. Altamiro e de Da. Alice Dullens, Vítor, anos mais tarde envolveu-se em acidente rodoviário vindo a falecer.
A batucada animando a torcida brasileira. Observem que, à época, a loja de O Boticário ficava ao lado da pizzaria.
Em primeiro plano, de costas, Kátia Estrela, depois Cidinha Rosa, Mara Naves, Marcelo Marcelino. Atrás do Fusca estão Dr. Dirceu, Ivo Gaúcho, Délio Paes, Luizão da Massa.
As jovens Maria Amélia Afiune, sua irmã, a pequena Rita e Rosângela Margon

Marli, Márcio Peres, Betonça e Flávia Goulart

Nicolau Abrão com a bandeira - ao fundo Serginho do Cartório e amigos. O local escolhido pela turma para assistir aos jogos da seleção brasileira foi o Bettu's Pizzaria em seu primeiro endereço, na Rua Dr. William Faiad. Reparem a pintura na parede: refere-se à propaganda política de Mauro Netto que, na ocasião, concorreira ao cargo de Prefeito de Catalão.


Na carreata, na carroceria da camionete dirigida por Dr. Aldo, da esquerda pra direita: Danilo Isaac, os filhos de Dr. Abadio Taís e os gêmeos Ricardo e Rodrigo e a filha de Dr. Aldo.

Assistindo ao jogo, no primeiro plano, da esquerda pra direita, Taís, Dr. Aldo e sua esposa, Laila, Dr. Dirceu. Bem à frente está Rodrigo Seara, filho de Dr. Dirceu. Atrás estão Mara Naves, Kátia Estrêla, Adriana Dahas. Ivo gaúcho atrás de Dr. Aldo. No balcão, virando uma lata de cerveja, Luizão da Massa. Ao seu lado o proprietário da Caroline Discos, que ficava ao lado da pizzaria.







Marli, Márcio Peres, Betonça e Flávia Goulart
Trombas e Formoso
No dia 28 de julho de 2009, o jornal O Popular trazia extensa matéria sobre os entraves envolvendo pequenos agricultores, grileiros de terras e força policial na região de Trombas e Formoso. Sob o título de “Revelações da Luta Armada” a matéria trata, entre outros eventos que marcaram o episódio, do sumiço de personagens ligadas ao movimento camponês, entre eles, José Porfírio (líder do movimento) e de Pedro Paraná, braço direito de José Porfírio.
Por esta época, Mário Mendonça, Filho de João Neto de Campos, então deputado estadual, abraçou a causa dos posseiros que andavam às turras com os poderosos latifundiários e grileiros de terras em Trombas e Formoso. Pretendendo dar ao movimento camponês total publicidade, objetivando sensibilizar as autoridades e a sociedade, Mário foi ter com os pequenos agricultores de Trombas e Formoso e levou consigo um repórter da Revista Manchete que à época era um dos mais influentes meios de comunicação do país.
As fotografias a seguir, registram a estada de Mário Mendonça Netto com os camponeses de Trombas e Formoso.
As fotografias a seguir, registram a estada de Mário Mendonça Netto com os camponeses de Trombas e Formoso.
José Porfírio elegeu-se Deputado Estadual na década de 1970, todavia, em uma viagem entre Brasília e Goiânia, entre 1972 e 1973 ele desapareceu e nunca mais foi visto. Acredita-se que tenha sido assasinado nos porões da ditadura pois à época, vivia-se um período dos mais repressivos do governo militar.
Sobre os acontecimentos em Trombas e Formoso, Valter Waladares, militante do Partido Comunista do Brasil e presente aos eventos, depõe:
Os camponeses viviam na região há mais de trinta anos. Com a construção de Brasília e da rodovia BR-153 – a Belém-Brasília – houve uma valorização grande daquelas terras, que antes dos camponeses ali se instalarem eram inóspitas. Então dois conhecidos grileiros da região, o Camapum e o Peroca, resolveram grilar aquelas terras também. Eles montaram todo o grilo e compraram o juiz. Logo após a sentença do juiz, iniciaram-se as intimações para a desocupação das terras. Paralelamente, os grileiros começaram a cobrar uma espécie de “Arrendo” dos camponeses porque, afinal, “eles haviam utilizado uma terra que não era deles durante anos e deveriam pagar por isto”. A ação do grileiros dependia de quem era o camponês: de um deles tomavam toda a produção, de outros eles tomavam a metade. Neste tempo, nós tínhamos alguns companheiros em Uruaçu (GO), principalmente o José Sobrinho, que era nosso grande apoio. O primeiro a tentar contato foi o Geraldo Tibúrcio, que era de Catalão e já atuava no movimento camponês. Ele foi procurar uma pessoa que tinha uma certa liderança na região, o Zé Firmino, mais ou menos em 1953 [...] Nosso sonho inicial era transformar a luta dos posseiros do Formoso no início da luta armada pela libertação nacional. Se em relação ao nível da consciência nós não tenhamos conseguido dar um passo à frente, do ponto de vista da influência tivemos um trabalho muito importante. No Formoso existia o problema da posse da terra e da luta contra policiais e jagunços. Mas a luta contra o latifúndio, como um todo, acabou por não ser tocada. O surgimento da luta e a vitória dos camponeses do Formoso, a conformação da associação praticamente como o órgão dirigente do município, tudo isso repercutiu em todas as cidades do estado. (Valter Waladares, entrevista a Ana Lúcia Nunes)
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Casa de Luís Holl
O comércio de Catalão
Industrias Margon
Natural da Eslovênia (que viria a compor com mais 5 repúblicas a Iuguslávia) na sua chegada a Catalão, João Margon trabalhou no curtume de Antônio Kotnik. Casado com Da. Tereza Muller, não se acomodou e quando lhe foi possível adquiriu do Sr. João Vaz u,a pequena charqueada e não se contentou em industrializar somente a carne. Sua experiência de curtidor, levou-o a trabalhar o couro montando uma selaria e uma sapataria. Para isso, teve que montar uma pequena usina hidroelétrica no Ribeirão Pirapitinga e com isso conseguiu modernizar suas atividades. Montou uma fábrica de gelo, uma olaria e chegou a ter cem funcionários trabalhando em seus empreendimentos.
A imigração, durante o período compreendido entre o fim do século XIX e primeiras décadas do século XX, acomodou, em terras catalanas, os maiores contingentes de estrangeiros, principalmente de árabes (sírios e libaneses). A presença do estrangeiro entre os da terra, certamente conduziu o cotidiano da cidade a uma trajetória de colisão entre culturas distantes, não só do ponto de vista geográfico, como também no aspecto da estranheza, do desconhecido e do novo. O fato, entretanto, é que não só o estrangeiro teve que se adaptar a uma realidade totalmente nova, como também os locais assimilaram e se apropriaram de aspectos culturais dos recém chegados.
Vejam o trecho de uma carta que o Sr. João Margon escreveu para os seus familiares na Eslovênia: “O clima é sadio, e o comércio progride com lentidão. Os habitantes aqui são preguiçosos e indolentes no trabalho, porém bons bebedores de pinga e fanfarrões de primeira qualidade e ainda melhores para atirar com fuzil, por detrás das cercas, com o objetivo de assassinar alguém e não passa um dia sem que matem alguém”.
(Fonte: Imigrantes em Catalão – Antônio Miguel Jorge Chaud)

A imigração, durante o período compreendido entre o fim do século XIX e primeiras décadas do século XX, acomodou, em terras catalanas, os maiores contingentes de estrangeiros, principalmente de árabes (sírios e libaneses). A presença do estrangeiro entre os da terra, certamente conduziu o cotidiano da cidade a uma trajetória de colisão entre culturas distantes, não só do ponto de vista geográfico, como também no aspecto da estranheza, do desconhecido e do novo. O fato, entretanto, é que não só o estrangeiro teve que se adaptar a uma realidade totalmente nova, como também os locais assimilaram e se apropriaram de aspectos culturais dos recém chegados.
Vejam o trecho de uma carta que o Sr. João Margon escreveu para os seus familiares na Eslovênia: “O clima é sadio, e o comércio progride com lentidão. Os habitantes aqui são preguiçosos e indolentes no trabalho, porém bons bebedores de pinga e fanfarrões de primeira qualidade e ainda melhores para atirar com fuzil, por detrás das cercas, com o objetivo de assassinar alguém e não passa um dia sem que matem alguém”.
(Fonte: Imigrantes em Catalão – Antônio Miguel Jorge Chaud)

Indústrias Margon
O 1º Trator
Usina Martins - 1
Chico Cassiano (Francisco Cassiano Martins) foi o fundador da Usina Martins, em 1947. Já nessa época, rodava em seu caminhão movido a álcool produzido na usina, cuja produção em escala comercial mostrou-se economicamente inviável devido ao alto custo de produção pela falta de tecnologia.
Em uma de suas crônicas matinais, Dr. Jamil Sebba começava assim...
"Bom dia pra você cortador de cana da Usina Martins – para você e para todos que ajudam o Chico a rodar essa complicada engrenagem que faz com que entre cana por uma porta e saia açúcar cristal ensacado na porta dos fundos – ensacado, marcado e costurado. Bom dia para você, maestro dessa grande orquestra de trabalhadores que fazem rodar essa grande usina".
Em uma de suas crônicas matinais, Dr. Jamil Sebba começava assim...
"Bom dia pra você cortador de cana da Usina Martins – para você e para todos que ajudam o Chico a rodar essa complicada engrenagem que faz com que entre cana por uma porta e saia açúcar cristal ensacado na porta dos fundos – ensacado, marcado e costurado. Bom dia para você, maestro dessa grande orquestra de trabalhadores que fazem rodar essa grande usina".
Usina MArtins - 3


Na década de 1970, o engenheiro Hélio Leite Martins, filho de Chico Cassiano, presidiu o órgão estadual responsável pelas estradas de Goiás. Nesta fotografia, Chico Cassiano aparece na cabeceira da ponte construída sobre o Rio São Marcos ligando, através da GO020 (Rodovia Francisco Cassiano Martins) os municípios de Campo Alegre de Goiás e Paracatú - MG. No lado mineiro, a poucos quilômetros da ponte, ficava a Fazenda Buriti, de propriedade de Chico Cassiano. A região é grande produtora agrícola e pecuária e por esta ponte toneladas de grãos e milhares de cabeças de gado são transportados anualmente. Algo em torno de 4km rio acima, está sendo construída a Hidrelétrica Batalha que, a exemplo Hidrelétrica Serra do Facão, represará o Rio São Marcos. À época desta fotografia, as máquinas da Usina Martins já haviam deixado de produzir.
Inauguração JK - 1
Em novembro de 1960, Juscelino Kubitschek, na condição de Presidente da República, veio a Catalão para inaugurar a BR106 (hoje a BR050) no trecho de Catalão a Cristalina. Na ocasião ele lançou a pedra fundamental do Posto JK. No ano seguinte, não mais como presidente e sim como candidato ao Senado, retornou a Catalão para inaugurar o recém construído Posto JK de propriedade de Cassiano Martins, filho de Francisco Cassiano.
Juscelino cumprimenta Da. Palmira, esposa de Chico Cassiano e mãe de Cassiano Martins, proprietário do rece´m inaugurado Posto JK.

Inauguração JK - 3

Inauguração do JK - 4

segunda-feira, 10 de agosto de 2009
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Vovó Júlia

Com a palavra, Dr. Jamil Sebba
Nestes dias em que assistimos a substituição do calçamento de bloketes por pavimentação asfáltica, faço coro com Dr. Jamil Sebba com uma de suas crônicas escrita há 44 anos, justamente, para celebrar a chegada do calçamento em substituição às poeirentas vias públicas da Catalão de então.
Catalão, 7 de julho de 1965
Bom dia para você prefeito de Catalão de 1965.
Ontem cumprimentamos os homens que sob a sua batuta constroem o calçamento e fazem a rede de esgoto da cidade; o sonho que acalentava há mais de 30 anos o povo catalano está, agora, vendo-o realizado graças ao seu dinamismo.
Muita gente está sendo beneficiada pelo esgoto sanitário e pelo calçamento que pouco a pouco vai cobrindo as nossas ruas num ritmo até meio acelerado. Mas muita gente está achando ruim os benefícios que a cidade está recebendo – ou por atraso ou por economia. Mas meu amigo Paulo, esse mundo é assim mesmo. O calçamento amanheceu ontem com um grande letreiro que ninguém entendia – MEP. A princípio achei que já era o vereador Ênio Paschoal que já estava fazendo propaganda para o próximo pleito, aliás eu não achei, foi ele mesmo que me explicou – Movimento Ênio Paschoal. Mais adiante o locutor que está lendo essa crônica me explicou que MEP queria dizer: Mate Esse Prefeito!
Achei jocoso o dístico e estive pensando que esse desejo de te matar deve existir em quem, de fato, não quer ver Catalão andar porque para parar Catalão só mesmo te matando, e isso nós não vamos consentir. Paulo Hummel, você com sua marca está tornando o blokete conhecido com o nome PH. E o pH está tapando nossas tortuosas ruas, cobrindo a sua poeira, apagando a característica principal de nosso atraso, do nosso engatinhamento na senda do progresso que toda corruptela mal se antecipa e nela se envereda. Foram precisos cento e seis anos de idade para que os nossos dirigentes enxergassem que precisávamos calçamento e esgoto? Ou foi preciso que você tomasse posse da prefeitura para fazer isso?
Tem hora que a gente fica pensando, matutando as coisas, os problemas de Catalão e concluímos: “É preciso muita abnegação, muita vontade de trabalhar para um povo,para fazer isso que você está fazendo. E não se iluda meu amigo Paulo, que mal você saia da prefeitura vão surgir substitutos que achem que o calçamento não é primordial e que o esgoto sanitário não é tão indispensável.
Enfim são pontos de vista não é isso? O três de outubro já está pelas portas e nós teremos que escolher o prefeito, mas, vocês, que constituem aquilo que se chama em política de cúpula, é que têm que escolher os candidatos.
Portanto, senhor prefeito, já está na hora de você ir para a fábrica de pedras do calçamento, se você ainda estiver em casa. Restam-lhe poucos meses para você entregá-la para quem possa continuar fazendo-a funcionar. E nesse alvorecer de um novo dia de trabalho profícuo é que nós lhe desejamos um bom dia, um bom dia pra você.
Catalão, 7 de julho de 1965
Bom dia para você prefeito de Catalão de 1965.
Ontem cumprimentamos os homens que sob a sua batuta constroem o calçamento e fazem a rede de esgoto da cidade; o sonho que acalentava há mais de 30 anos o povo catalano está, agora, vendo-o realizado graças ao seu dinamismo.
Muita gente está sendo beneficiada pelo esgoto sanitário e pelo calçamento que pouco a pouco vai cobrindo as nossas ruas num ritmo até meio acelerado. Mas muita gente está achando ruim os benefícios que a cidade está recebendo – ou por atraso ou por economia. Mas meu amigo Paulo, esse mundo é assim mesmo. O calçamento amanheceu ontem com um grande letreiro que ninguém entendia – MEP. A princípio achei que já era o vereador Ênio Paschoal que já estava fazendo propaganda para o próximo pleito, aliás eu não achei, foi ele mesmo que me explicou – Movimento Ênio Paschoal. Mais adiante o locutor que está lendo essa crônica me explicou que MEP queria dizer: Mate Esse Prefeito!
Achei jocoso o dístico e estive pensando que esse desejo de te matar deve existir em quem, de fato, não quer ver Catalão andar porque para parar Catalão só mesmo te matando, e isso nós não vamos consentir. Paulo Hummel, você com sua marca está tornando o blokete conhecido com o nome PH. E o pH está tapando nossas tortuosas ruas, cobrindo a sua poeira, apagando a característica principal de nosso atraso, do nosso engatinhamento na senda do progresso que toda corruptela mal se antecipa e nela se envereda. Foram precisos cento e seis anos de idade para que os nossos dirigentes enxergassem que precisávamos calçamento e esgoto? Ou foi preciso que você tomasse posse da prefeitura para fazer isso?
Tem hora que a gente fica pensando, matutando as coisas, os problemas de Catalão e concluímos: “É preciso muita abnegação, muita vontade de trabalhar para um povo,para fazer isso que você está fazendo. E não se iluda meu amigo Paulo, que mal você saia da prefeitura vão surgir substitutos que achem que o calçamento não é primordial e que o esgoto sanitário não é tão indispensável.
Enfim são pontos de vista não é isso? O três de outubro já está pelas portas e nós teremos que escolher o prefeito, mas, vocês, que constituem aquilo que se chama em política de cúpula, é que têm que escolher os candidatos.
Portanto, senhor prefeito, já está na hora de você ir para a fábrica de pedras do calçamento, se você ainda estiver em casa. Restam-lhe poucos meses para você entregá-la para quem possa continuar fazendo-a funcionar. E nesse alvorecer de um novo dia de trabalho profícuo é que nós lhe desejamos um bom dia, um bom dia pra você.
Os filhos de João Netto e Da. Izabel

João Netto de Campos filho de Mário de Cerqueira Netto (Pais: João de Cerqueira Netto e Henriqueta Cristina) e de Da. Juvenília Campos (Pais: Juca Cândido e Da. Júlia). Maria Izabel de Mendonça Netto filha de Álvaro de Mendonça (Pais: David de Camões e Da. Angélica – filha do Senador Paranhos) e Dilly Porto (Pais: Major Paulino e Palmira). João Netto e Da. Izabel trouxeram ao mundo Mário de Mendonça Netto, Yedda de Mendonça Netto, Marlitt de Mendonça Netto e Álvaro de Medonça Netto.

Mário foi Deputado Estadual na década de 1950, sendo o mais jovem deputado eleito e, já na década de 1960, elegeu-se vereador em Catalão. Como vereador foi julgado por um inquérito político-militar, por suas posições assumidamente contrárias ao governo militar e tendo sido considerado culpado, teve seu mandato cassado. Permaneceu um período na clandestinidade em função de sua militância política e, após ter seu processo arquivado, retomou os estudos e formou-se advogado pela Escola de Direito do Largo São Francisco da Universidade de São Paulo – USP. Atualmente aposentado, vive em Catalão.
Yedda, assim como seus irmãos, foi morar em São Paulo vindo a concluir seus estudos com a obtenção de diploma de Bacharel em Direito pela Escola de Direito do Vale do Paraíba, em São José dos Campos, tendo ingressado, primeiramente, na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC. Ainda em São Paulo, contraiu matrimônio com o também advogado Sylvio Roberto Lorenzi que à época era tenente exército pelo CPOR (Centro de Preparação de Oficiais da Reserva). Atualmente aposentada e advogando, vive em Catalão
Marlitt, também em São Paulo, optou por estudar teatro vindo a protagonizar importantes peças ao lado de grandes nomes do teatro nacional como Hélio Souto e Anselmo Duarte.
Sua formação nas artes cênicas lhe conferiu importante papel na dramaturgia de nossa cidade, tendo encenado diversas peças de renomados autores. É membro da Academia Catalana de Letras e foi casada com Dr. William Faiad, um dos grandes nomes da medicina local, falecido aos 43 anos, vítima de enfarto, no mesmo dia do aniversário da esposa – 23 de agosto de 1970.
Álvaro, ou Alvim, como todos o conheciam, era o caçula. Não deu prosseguimento aos estudos. Todavia, dotado de grande entusiasmo pela construção civil, realizou diversas obras cujos projetos estrutural, hidráulico e elétrico foram de sua autoria. A Galeria Antônio Ribeiro é um exemplo disso. Permaneceu desaparecido, por vontade própria, durante um período na década de 1960, vindo a ser descoberto, ao acaso, em Limeira, Est. de São Paulo. Retornando a Catalão, casou-se e, na década de 1980, elegeu-se vereador vindo a renunciar ao cargo para mudar-se com a família para Ribeirão Preto. Pessoa muito estimada entre seus pares, Álvaro, dos 4 irmãos, é o único falecido.
Catalão Ilustrado
Em 1937, o Sr. Antônio J. Azzi, então Secretário da Prefeitura, empreendeu esforços com o objetivo de colher dados geo-políticos, informações sociais e estatísticas financeiro-econômicas e reuni-los num volume que batizou de “Catalão Ilustrado”, uma espécie de anuário sobre o município de Catalão. Rico em informações, Catalão Ilustrado é de um valor histórico inestimável, como vocês poderão comprovar aqui no NossoCatalão. Através dele pode-se obter um panorama do que acontecia, há mais de 70 anos, no comércio, na indústria, na agropecuária, na prestação de serviços, no lazer, na política, enfim, em todas as atividades inerentes ao viver de uma comunidade que ofereceu ao estado de Goiás e ao Brasil, exemplos de empreendedorismo, erudição e capacidade profissional.


Observem na fotografia que a igreja do Morro de São João era bem diferente do que é hoje. Acredito que era itenção do responsável pelo Catalão Ilustrado, publicar outras edições. Reparem na última linha o texto: Ano I - 1937. Se houve edições posteriores, não sei dizer.
Para melhor visualização das imagens, clique sobre elas com o botão esquerdo do seu mouse.
Catalão Ilustrado - Homenagens
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
A Gráfica São João

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