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quinta-feira, 23 de julho de 2009

A eleição de Silvio Paschoal

Novembro de 1972 o país vivia a euforia de mais uma eleição.
Naquele tempo, por obra e graça do governo militar, no poder desde o golpe de abril de 1964, as eleições eram reguladas de modo a garantir ao governo e aos seus partidários a maioria dos cargos em todas as esferas dos poderes executivo e legislativo. Em termos de política partidária, eram apenas dois os partidos: pelo lado da oposição era o MDB – Movimento Democrático Brasileiro e; pelo lado da situação era a ARENA – Aliança Renovadora Nacional. Por decreto os Governadores de estado, Prefeitos de capitais e cidades consideradas áreas de segurança não participavam de eleição direta, pelo voto popular e sim por eleição indireta, ou seja, eram escolhidos justamente para garantir que políticos afeitos aos militares, ocupassem aqueles cargos. No senado, 2/3 dos senadores eram, da mesma forma, eleitos indiretamente e somente 1/3 era eleito pelo voto direto.
E foi neste clima de exceção que Silvio Paschoal (ARENA) e Haley Margon (MDB) mediram forças no pleito realizado em novembro de 1972, para escolher o novo mandatário do nosso município. Silvio Paschoal obteve a vitória e a foto abaixo registra a carreata da vitória. (Clique na imagem para ampliá-la)


Esta fotografia foi tirada da sacada do Edifício Nasr Faiad e mostra a Praça Getúlio Vargas onde se vê o Cine Real (hoje Lojas Avenida), a casa de Dr. Lamartine P. Avelar, o comitê de campanha de Silvio Paschoal (onde hoje existe uma imobiliária). Mas a imagem acima revela, também, outras curiosidades: contamos 15 Fuscas; reparem que a imensa árvore que hoje existe na praça, está, ainda, bem pequena – nessa época ela já havia sido cortada por precaução, pois seu tronco estava apodrecido e ameaçava cair e do que restou da antiga planta, uma nova árvore brotou.
No lado esquerdo, na esquina da praça, pode ser visto um Ford Corcel que hoje pertence ao mecânico Amerencindo. No caminhão em primeiro plano está ao volante Maurinho Oliveira, pai do nosso amigo conhecido Léo da Kombi. Alguns anos depois, Maurinho veio a falecer, vítima de acidente rodoviário.