Yedda de Mendonça Netto, filha de João Netto e Da. Izabel, ainda adolescente foi com os irmãos para São Paulo, onde morou na casa da avó, Da. Dily, estudou e formou-se Advogada. Do casamento com o advogado Sylvio Roberto Lorenzi nasceram Fábio, Fernando e Sylvio.
Na primeira fotografia da esquerda pra direita: Sylvim, Fábio e Fernando. O registro data do início da década de 1960, na porta da residência de Da. Dily, bisavó dos 3 irmãos, que mudou-se para São Paulo juntamente com seus filhos, exceto Maria Izabel e Yolanda. O endereço, que ainda pertence à família é Rua Tupy nº 1448 no Bairro das Perdizes, próximo ao Estádio do Pacaembu.
Na foto seguinte, também em São Paulo, alguns anos depois, em dezembro de 1967, estão Fábio e Fernando. O endereço é na Praça Roosevelt, no centro da capital bandeirante. Este dia tem um significado que mudaria minha vida para sempre: foi da sacada do 15º andar, onde estão meus irmãos, que descobri que era míope. A Av. Paulista fica não muito longe dali e no topo do Conjunto Nacional (um edifício de escritórios e consultórios) havia (não sei se ainda existe) um relógio digital que pode ser visto a grandes distâncias e de vários pontos da cidade. Ali, da sacada do apartamento, perguntei as horas e todo mundo ficou assustado pelo fato de não conseguir enxergar o tal relógio. Não deu outra, dois dias depois eu estava com a receita de óculos na ótica e de cara comecei com 2 graus. Contava, então, 10 anos.
Nesta época o centro de São Paulo ainda não havia perdido, totalmente, o seu glamour, ainda era possível freqüentar bons restaurantes, bons cinemas, teatros, lojas, etc. Ali perto da Praça Roosevelt fica a Rua das Palmeiras, endereço da antiga TV Excelsior que mais tarde seria comprada pela Globo; perto dali, também, fica a Rua Augusta, que na década de 60 era como que uma passarela a céu aberto, as melhores boutiques e lojas, bares, night clubs, cinemas, antiquários e galerias de arte e era onde os mais abastados desfilavam com seus carrões importados, privilégio para poucos, evidentemente. Todavia, os fenômenos urbanos, aqueles responsáveis pela deterioração dos centros das grandes cidades, estavam, irreversivelmente, em curso: a poluição do ar, a poluição sonora, a falta de espaço, a ação do tempo que transforma os imóveis em verdadeiras armadilhas, fazendo-os obsoletos e inadequados frente aos novos parâmetros de funcionalidade, racionalidade, praticidade e economia. Além destes, um outro fenômeno já estreava na paulicéia: a onda dos Shopping Centers. O Shopping Iguatemi, o pioneiro em São Paulo, e talvez no Brasil, já era uma realidade, inaugurado que foi em 1966. Mas ainda existia o comércio da Rua Direita, do Mappin, das galerias da Rua 7 Abril e adjacências. De forma que toda a conjuntura de uma época, que direcionava o país para a seara das grandes transformações, e a de uma outra realidade que teimava em permanecer onde estava, desfilaram diante de meus olhos, que apesar de míopes testemunharam muita coisa.
Na primeira fotografia da esquerda pra direita: Sylvim, Fábio e Fernando. O registro data do início da década de 1960, na porta da residência de Da. Dily, bisavó dos 3 irmãos, que mudou-se para São Paulo juntamente com seus filhos, exceto Maria Izabel e Yolanda. O endereço, que ainda pertence à família é Rua Tupy nº 1448 no Bairro das Perdizes, próximo ao Estádio do Pacaembu.
Na foto seguinte, também em São Paulo, alguns anos depois, em dezembro de 1967, estão Fábio e Fernando. O endereço é na Praça Roosevelt, no centro da capital bandeirante. Este dia tem um significado que mudaria minha vida para sempre: foi da sacada do 15º andar, onde estão meus irmãos, que descobri que era míope. A Av. Paulista fica não muito longe dali e no topo do Conjunto Nacional (um edifício de escritórios e consultórios) havia (não sei se ainda existe) um relógio digital que pode ser visto a grandes distâncias e de vários pontos da cidade. Ali, da sacada do apartamento, perguntei as horas e todo mundo ficou assustado pelo fato de não conseguir enxergar o tal relógio. Não deu outra, dois dias depois eu estava com a receita de óculos na ótica e de cara comecei com 2 graus. Contava, então, 10 anos.
Nesta época o centro de São Paulo ainda não havia perdido, totalmente, o seu glamour, ainda era possível freqüentar bons restaurantes, bons cinemas, teatros, lojas, etc. Ali perto da Praça Roosevelt fica a Rua das Palmeiras, endereço da antiga TV Excelsior que mais tarde seria comprada pela Globo; perto dali, também, fica a Rua Augusta, que na década de 60 era como que uma passarela a céu aberto, as melhores boutiques e lojas, bares, night clubs, cinemas, antiquários e galerias de arte e era onde os mais abastados desfilavam com seus carrões importados, privilégio para poucos, evidentemente. Todavia, os fenômenos urbanos, aqueles responsáveis pela deterioração dos centros das grandes cidades, estavam, irreversivelmente, em curso: a poluição do ar, a poluição sonora, a falta de espaço, a ação do tempo que transforma os imóveis em verdadeiras armadilhas, fazendo-os obsoletos e inadequados frente aos novos parâmetros de funcionalidade, racionalidade, praticidade e economia. Além destes, um outro fenômeno já estreava na paulicéia: a onda dos Shopping Centers. O Shopping Iguatemi, o pioneiro em São Paulo, e talvez no Brasil, já era uma realidade, inaugurado que foi em 1966. Mas ainda existia o comércio da Rua Direita, do Mappin, das galerias da Rua 7 Abril e adjacências. De forma que toda a conjuntura de uma época, que direcionava o país para a seara das grandes transformações, e a de uma outra realidade que teimava em permanecer onde estava, desfilaram diante de meus olhos, que apesar de míopes testemunharam muita coisa.
Silvinho
ResponderExcluirÉ exatamente esses carinhas dos 3 que tenho bem nas minhas lembranças. Vocês aprontando, brincando no sobrado da Rua Normandia. O sobrado virou ponto comercial e a rua uma das mais badaladas do bairro de Moema.
Faltou uma foto dessa época da sempre linda e elegante Yedda.
Sou fãzona do seu blog! As histórias merecem ser contadas!
marcia ovando