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quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Xarque


A fotografia mostra o pátio da Xarqueada de Sr. Pedro Braga, local onde a carne ficava exposta ao tempo, posto que faz parte do processo através do qual se obtém o Xarque (carne seca).

JK e Catalão

O ex-presidente Juscelino estabeleceu grandes laços de amizade em Catalão. João Netto fez parte deste círculo. Com o golpe militar de 1964, JUscelino teve seus direitos políticos cassados e por várias vezes, estando de passagem por Catalão rumo a sua fazenda em Formosa - GO, ele fazia questão de dar uma parada no Posto JK - que inaugurara em 1961 - e pedia que chamassem o amigo João Netto.

Esta fotografia foi tirada em um casamento em Goiânia e, de acordo com João Netto, o motivo do riso de JK fora uma anedota que acabara de ouvir do amigo. Esta foto é de 1974. Em 1976 Juscelino morre vítima de acidente automobilístico, quando ía de São Paulo para o Rio de Janeiro. Por estar, ainda, com os direitos políticos suspensos, a viúva, Da. Sara, não permitiu qualquer manifestação oficial ao marido, tendo recusado, inclusive, sugestão do Governador de Minas, Aureliano Chaves, de se velar o corpo no Palácio da Liberdade, sede do governo mineiro.

O Dentista

Anúncio do Cirurgião Dentista Otílio J. Rosa em "Catalão Ilustrado". Reparem na especialidade: Euxodontia. Veja a definição de Euxodontia:
Euxodontia é a remoção cirúrgica de um elemento dentário. A euxodontia foi a primeira especialidade exercida, pelos primeiros dentistas. Os primeiros registros eram de Asclepio(em Grego, Ασκληπιός) na Grécia Antiga, Esculápio ( em português e italiano) em que era receitado após o procedimento excremento pendente da calda de carneiro, como cicatrizante.


Otílio J. Rosa é sogro de João Martins (pai do Engenheiro Elétrico Juarez, do Odontólogo do Exército João Martins Júnior e da médica Dra. Elaine).

O voto Feminino

Título de eleitor de Da.Maria Izabel de Mendonça Netto. Observem que a primeira eleição em que ela votou foi em outubro de 1934, isso porque o voto feminino só foi permitido a partir de 1932.

O Presidente Getúlio Vargas, resolve simplificar e todas as restrições às mulheres são suprimidas. Através do Decreto nº. 21.076, de 24 de fevereiro de 1932, é instituído o Código Eleitoral Brasileiro, e o artigo 2 disciplinava que era eleitor o cidadão maior de 21 anos, sem distinção de sexo, alistado na forma do código. É de ressaltar que as disposições transitórias, no artigo 121, dispunham que os homens com mais de 60 anos e as mulheres em qualquer idade podiam isentar-se de qualquer obrigação ou serviço de natureza eleitoral. Logo, não havia obrigatoriedade do voto feminino. No ano de 1934, foram realizadas eleições em todo o país.

Com o tempo, o modelo do Título de eleitor mudou de lay out. Observando as datas de votação no modelo abaixo, nota-se que em determinado momento a data das eleições passou a ser no mês de novembro, sempre no 15, dia da Proclamação da República. Reparem, também, que faltou espaço para a anotação de voto e, por duas vezes foi necessário anotar fora dos espaços regulamentares. A última eleição em que Da. Izabel apresentou este Título foi em 15 de novembro de 1982.


Catalão em movimento

Ocorrências policiais em Catalão no ano de 1937

Delegacia e Polícia
Inquéritos em andamento.................................4
Prisões por vadiagem........................................45
Prisões por embriague.......................................26
Tentativas de homicídio....................................8
Crimes por defloramento..................................6
Crimes por homicídio.........................................8
Inquéritos remetidos.........................................43

O que se registrou no Cartório do 1º Ofício

Registro de escrituras......................................574
Procurações Lavradas......................................85
Escrituras de permuta......................................4
Escrituras de compra e venda..........................172
Escrituras de doação..........................................2
Divisão amigável.................................................1
Retificação de escrituras...................................4
Quitação de dívida.............................................3
Testamentos.......................................................2
Hipotecas............................................................6
Justificativas......................................................1
Número de eleitores qualificados.....................2966 (com título eleitoral)
(Fonte: Catalão Ilustrado – 1937)

É a seguinte a relação de estabelecimentos comerciais e industriais existentes no ano de 1936

12 açougues
2 agências de máquinas de coser
6 alfaiatarias
5 ateliers de costura
9 barbearias
1 carpintaria
4 confeitarias
2 cortumes
6 depósitos de madeira
3 depósitos de material para construção
1 empreza de força e luz elétrica
1 empreza cinematográfica
198 engenhos para o fabrico de assucar mascavo, aguardente e rapadura
4 engenhos de turbina
2 escritórios de bancos
6 escritórios de representações
34 estabelecimentos comerciais diversos
46 fábricas de farinha de milho e mandioca
5 fábricas de manteiga
8 farmácias
14 serrarias
1 laboratório de produtos farmacêuticos
10 olarias
14 serrarias
1 matadouro
2 Xarqueadas
e mais padarias, relojoarias, tipografia, etc..
(fonte: Catalão Ilustrado – 1937) Obs.: foi mantida a grafia do documento original.

Colégio Nossa Senhora Mãe de Deus

Fundado em 1921, é o colégio N.S. Ma~e de Deus o mais antigo centro de educação desta cidade. Equiparado à Escola Nacional Normal do Estado em virtude da Lei 799 de 14 de agosto de 1925, dele saiu, em 1927, a primeira turma de normalistas.
Segue-se a relação das normalistas formadas pelo Colégio de 1927 a 1937:

1927 – Telezila Netto, Julia Rodrigues, Elvira Righeto, Maria das Dores Netto e Astréa Bretas
1928 – Maria de Campos, Floraci Artiaga, Dilena Netto e Inácia Guimarães.
1929 – Dália Sampaio, Amélia Netto e Ainda Bretãs (irmã da formanda Astréa Bretãs).
1931 – Graziela Felix de Souza, Yolanda de Mendonça (irmã Yolanda), Rosa Pedro e Helena Paranhos.
1932 – Judith Pires (mais adiante esposa de Dr. Jacy Netto), Conceição Bueno, Adelina Santos, Maria Bárbara de Santana e Gelcira Campos.
1933 – Jaci Vaz, Maria Viana, Célia França, Áurea Aires (mais adiante esposa de Zezé Campos) e Maria Gomes (mais adiante esposa de Wilson Barbosa).
1934 – Antonieta Hummel.
1935 – Inácia Hummel, Argentina e Aurora Paranhos.
1936 – Nilza Aires, Aparecida Martins, Maria Luíza de Santana e Mercedes do Nascimento.
1937 – Goianita Vaz, Maria Edreira, Maria Luíza Martins e Lígia Caiado.
(Fonte: Catalão Ilustrado – 1937)







terça-feira, 18 de agosto de 2009

Cenas Urbanas - Catalão Ontem

Almoço entre amigos: à direita Da. Lúcia Netto Tartuci e sua filha Maria Rita. À esquerda Da. Maria Gomes, filha de Pio Gomes e esposa do Sr. Wilson Barbosa, também presente na fotografia. Observem a fartura de comida e bebida.

O Largo da Velha Matriz onde a mulecada, hoje contando 50, 60 anos de idade, jogou futebol.
Ao fundo, casa onde morou Helena Barreto onde hoje funciona uma escola.


A Av. 20 de Agosto na década de 1940 (antes, Rua do Comércio e 15 de Novembro). Populares assistem formação da tropa militar. Ou seria alunos de alguma escola em trajes de gala, usados em desfiles comemorativos? Observem que há uma criança trajando o mesmo uniforme dos demais. Este trecho da 20 de Agosto compreende as ruas Randolfo Campos e William Faiad. Do lado esquerdo é possível visualizar a casa que viria a ser o lar de Dr. Roberto Marot; em seguida a casa de Da. Sofia Abrão, mãe de Marion, Mauro, Maurício, Maisa. Ao fundo a praça Pedro Ludovico, hoje Getúlio Vargas e o prédio de Nasr Faiad.

Desfile colegial na Av 20 de Agosto. À esquerda o prédio de Nasr Faiad. Observem as luminárias no centro do passeio que dividia a avenida.

Panificadora São José

No início dos anos 60 do século XX, há muito as pessoas da cidade já haviam ultrapassado as fronteiras dos domínios domésticos em busca de novas formas e novos espaços onde pudessem estabelecer relações de sociabilidade fora dos “círculos restritos de convivência”.
A Panificadora São José, em Catalão-GO, foi um empreendimento familiar liderado por Fiore Nicoletti auxiliado por seus filhos Irineu, Mário e, mais tarde, por Wanderley. No início de suas atividades, no início da década de 1950, apenas a produção e o comércio de pão e a venda de produtos de conveniência como laticínios, quitandas, enlatados, defumados, etc., figuravam no cardápio da panificadora. Todavia, pouco tempo depois, resolveu-se diversificar o empreendimento e com a inclusão de cerveja, choppe e companhia, inaugurou-se o Bar Faixa Azul. De acordo com Paulo Abrão, um assíduo freqüentador do lugar, já em 1958 o Bar Faixa Azul funcionava pois “comemoramos a conquista da Copa do Mundo de 1958 lá na panificadora”.
Além do comércio de pão e congêneres, também servia de local onde se podia fazer refeições rápidas à base de pão com mortadela, presunto e mussarela, salgados, e quitandas diversas e sorvete de fabricação própria No período que corresponde ao hoje tradicional happy hour, as pessoas, em seu retorno do trabalho para casa, os freqüentadores mais assíduos, se acomodavam nas mesas do salão para tomarem chope ou cerveja e realizar ali, o bate papo entre amigos, colegas de trabalho e de profissão, parentes e conhecidos. Foi um local onde os acontecimentos cotidianos de todas as esferas desfilavam de boca em boca, fosse sob a forma de comentários mais elaborados, fosse sob a forma de achismos infundados, fosse sob a forma de anedotas. Do cardápio dos temas de que se serviam os fregueses, evidentemente, constavam as políticas nacional, estadual e municipal; o futebol, muito mais o do Rio de Janeiro do que de outras praças, provocava apaixonados debates como também motivava viagens à ex-capital política do país, principalmente em final de campeonato.
A São José veio a ser muito mais que um local de alimentação e sociabilidade, foi um local de convergência e também de difusão de idéias, de saberes e de conhecimentos. Local de divergências mas também de abrandamento de antagonismos de toda sorte onde o privado e o público, o rico e o pobre, a elite e o popular se esbarravam cotidianamente, fazendo suscitar uma nova ordem no convívio em grupo, no estabelecer de novas relações entre categorias sociais antagônicas. Enfim, um lugar freqüentado por pessoas anônimas e ilustres que foram e são personagens da história, que fizeram a história de Catalão na sua diversidade e que são a própria história da cidade e de sua multiplicidade de experiências. (Texto extraído de minha monografia de conclusão do curso de História do CAC / UFG que teve como tema, exatamente, a Panificadora São José)

A seguir, uma sequência de fotografias que mostram a Panificadora em plena atividade.

O Imigrante italiano, Sr. Fioravante Nicoletti


Irineu Nicoletti, Betinho e Paulinho e os veículos de tração animal utilizados na entrega de pães.

Os padeiros da Panificadora São José: Torrado, Betinho, Paulinho e...?








Um dia na Panificadora São José: Políticos, comerciantes, pedreiros, médicos, estudantes, funcionários públicos, política, futebol, palitinho, pastel, cerveja, chope e muita alegria. A Panificadora São José funcionou onde hoje é o Banco Bradesco.


Catalão e seus habitantes

Esta foto, provavelmente, do final da década de 1930, início de 1940,é muito interessante, primeiro pela qualidade da imagem (não obstante os defeitos de mal acondicionamento) e ângulo de abertura da objetiva. Em segundo lugar, pelas pessoas reunidas. Nela pode-se ver o imigrante italiano, Sr. Júlio Paschoal, que se estabeleceu no ramo de panificação e outros (0 3º da esquerda pra direita). Seu Júlio é pai de João Paschoal que por sua vez é pai do ex-prefeito Silvio Paschoal e do ex-deputado estadual Ênio Paschoal. Ao seu lado está Ciro Netto. E, observando atentamente, é possível identificar Da. Odete Faiad, Jacy de Campos Netto, o casa Ivone Mendonça e Olívio (este, irmão de Sr. Lauriston, pai de Márcio (Bananeira) Hummel e Marcos Hummel, o âncora que hoje trabalha na TV REcord). Da. Argentina, também, compõe esse grande elenco. É uma reunião festiva, pois que, nota-se, algumas pessoas segurando copos com bebida. Abaixo o autor do registro: Odilon.

Av. 20 de Agosto

Av. 20 de Agosto, provavelmente, na década de 1950, início de 1960. Observem que a arquitetura é bem diferente da mostrada em fotografias de datas mais anteriores. Ao fundo prédio onde funcionou uma concessionária Chevrolet e um Posto de Gasolina onde hoje funciona a Boutique Zan, uma loja de artigos hospitalares e, masi na esquina, uma outra loja de vestuário. A casa da esquina é de Seu Jorge Democh depois, casa do Seu Iolando, pai de Mário de Almeida, irmão de Dorane que, em seu batismo, foi apadrinhada por Juscelino Kubitschek, e onde hoje funciona a boutique Malagueta. Na sequência a casa onde morou, por muitos anos, João Enéas. Em seguida, a casa de Azamor, pai de José Mário e Mariozan Ferreira e onde o Prefeito Velomar possuiu comércio no ramo de embalagens.

Constantino Tartuci

Sr. Constantino Tartuci com sua esposa Da. Benedita e os filhos (da esquerda para direita) William, Wisner e Wilson. Dos 3 filhos do casal, Wilson, na idade adulta, não fixou residência em Catalão. William e Wisner vieram a se estabelecer como comerciantes no ramo de Eletrodomésticos, móveis e utilidades para lar: Wisner com a Casa Brasil, situada na Rua Dr.William Faiad onde hoje seu filho Hélio presta serviços automotivos e; William com o Empório Goiás, situado na praça Getúlio Vargas onde hoje funciona uma lanchonete
.Marca registrada dos imigrantes que se estabeleceram em Catalão era o tino para a atividade comercial. Sr. Constantino Tartuci (árabe) não fugiu à regra. Esta foto mostra o hotel de sua propriedade. Nomeado de Grande Hotel, o estabelececimento funcionou onde hoje está a farmácia Santa Rita, a conhecida farmácia do Zé Paschoal. Nesta foto é possível ver Da.Benedita, esposa de Sr. Constantino.

Anúncio do Grande Hotel publicado em 1937, em "Catalão Ilustrado", anuário organizado por Antônio J. Azzi. Observem que o nome da rua não é o mesmo de hoje, sendo este mudado para Rua Dr. Pedro Ludovico.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Grupo de Teatro

O teatro amador em Catalão possuia grande atividade nas décadas de 1960/70. Os grupos teatrais, geralmente constituidos por estudantes, recebiam orientação de pessoas mais afeitas às artes cênicas e com alguma experiência. Nesta foto identifico da esquerda pra direita: Leila Isac, deitado no chão Heleno Rodrigues, em pé ao seu lado Miguel Maurício, de chapéu Tonica, filha do Sr. Sabino. Se você conseguir identificar mais alguém, por favor, coloque em "comentários".

Aeroporto de Catalão

Inauguração do Aeroporto de Catalão em 1952. Esta fotografia registra o instante em que a aeronave da Aerovias Brasil acabara de pousar na recém construída pista de pouso. O avião, salvo engano é um Constelation.

O Deputado Estadual João Netto de Campos Recebe o vice Governador de São Paulo Dr. Erlindo Salzano. Ao fundo, de rosto virado, Pedro Paranhos.


O primeiro à esquerda é o Vice Governador de São Paulo Dr. Erlindo Salzano. Ao microfone, Ciro Netto, então prefeito de Catalão. Irineu Nicoletti sempre requisitado para fazer a locução de eventos dessa natureza é quem segura o microfone. Nessa ocasião, além da inauguração do aeroporto, Catalão foi agraciada com uma linha áerea regular, fazendo ligação com São Paulo


Da esquerda para direita identifico: Marlitt Netto, Antônio Chaud, Aguinaldo Netto, Licinha Netto, o Dep. Est. João Netto, Calixto Isac, o Prefeito Ciro Netto, Silvio Netto, Liquinho Sebba irmão de Dr. Jamil Sebba, Yedda Netto, Erlindo Salzano, Marciano Salviano. Com um embrulho na mão, acredito ser Zuca Chaud, irmão de Antônio Chaud. Reparem no alto da fotografia, a ponta da asa do avião. As duas crianças são Fernando Safatle e Jardel Sebba.

Após a inauguração foi oferecido um jantar. Nesta foto identifico: na segunda fila, a senhora virada para a câmara é Da.Mariinha Nogueira Chaud e seu esposo Antônio Chaud. Mais ao fundo Michel Safatle. O senhor de óculos e cabelos grisalhos bem de frente é Ugo Righetto, comerciante do ramo de panificação e confeitaria, cujas tortas eram famosas. Ao lado do casal de branco está Tarcísio de Campos Netto, um dos filhos de Seu Inhozico de Da. Juvenilha.

Na imprensa paulistana

Por ocasião da inauguração do aeroporto de Catalão e da instalação de linha aérea regular servindo nossa cidade, solenidade em que o governador Ademar de Barros, de São Paulo, se fez representar pelo vice, Dr. Erlindo Salzano, a imprensa paulistana esteve presente e, além das solenidades, documentou o que nos mostra o registro fotográfico abaixo.


A foto mostra Ricardo Soares, pai de Ricardo Safatle Soares (o Ricardo da Honda) e Yedda Netto colhendo veneno de uma cascavel. Sob o título "Se você quiser caçar cobras,vá a Catalão" a matéria foi publicada no jornal paulistano "O Dia" no dia 22 de junho de 1952.


A foto original publicada.

Bodas de Diamante

Bodas de Diamante de Mário de Cerqueira Netto (seu Inhozico) e Da. Juvenília. Na fotografia abaixo: a neta Yedda, o filho João Netto, Da.Juvenília, Seu Inhozico, a nora Da. Izabel e os bisnetos Fábio, Sylvim e Fernando. A festa ocorreu no Salão do CRAC, em meados da década de 1960.


5 Gerações

Da Esquerda para direita: Da. Dily, que é mãe de Da. Izabel, que é mãe da advogada Yedda Mendonça Netto, que é mãe do, à época, médico-residente Fernando Netto, que é pai da hoje advogada Fernanda N. Tartuci Lorenzi.


O Político

Dois momentos na vida política de João Netto Campos. A fotografia abaixo registra, em 1975, o dia da posse de João Netto como Deputado Estadual representando Catalão e a chamada REgião da Estrada de Ferro. O primeiro à esquerda é o Dep.Est. Derval de Paiva, seguido do Dep. Est. Wilton Cerqueira, sendo este, representante de Araguaína e norte de Goiás. Nesta época Goiás, ainda, não havia sido dividido.


O registro fotográfico abaixo é de 1968 e mostra a posse de João Netto de Campos como prefeito e José Teodoro de souza como Vice. José Teodoro é o primeiro à esquerda,ladeado por Jesus Geraldo de Melo. Mais à direita está Carlos Cesar Elias, o Dida. Reparem que na parte de baixo da bandeira do Brasil, populares tentam assistir à solenidade, ocorrida no auditório que servia às sessões da Câmara de Vereadores e ao tribunal do júri onde hoje funciona a Fundação Cultural Maria das Dores Campos.

Pedro Ludovico em Catalão

Esta foto é de 1945 e registra a visita de Pedro Ludovico Teixeira a Catalão. Reparem no alto uma inscrição onde se lê: Visita de Sr. Dr. Pedro Ludovico Teixeira, Catalão Goiás, 13-X-45, Foto Rivaldo. Para receber o ilustre visitante, foi realizado um desfile colegial. Ao fundo o casarão do ex-prefeito de Catalão, diógenes dolival Sampaio. Reparem que aquela árvore que hoje ainda existe, é a mesma, ou quase, de 54 anos atrás. Todavia, em 1969 ela teve que ser cortada, pois seu tronco estava perigosamente apodrecido. Assim, do que sobrou da antiga planta uma outra árvore cresceu. E como!

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Zezé - O Zalada

Esse é o Zezé, ou mais conhecido como Zalada, interno do Asilo São Vicente. Zalada sempre teve fixação por usar farda e toda a idumentária como pode ser visto nesta fotografia. E ai de quem tirar o quepe da cabeça dele. Fica furioso, joga pedra, chuta o que tiver pela frente. Nos idos de 1970/80 uma vez por mês, Dr. João Sebba dava um banho no Zalada e trocava suas roupas. Ele era sempre visto dando um cochilo sentado em uma cadeira no Bar Taco de Ouro (onde funciona hoje o HSBC). Algo divertido que se fazia com Zalada, sem no entanto judiar, era pagar-lhe coca-cola que, ingerida em poucos goles, fazía-o soltar enormes e sonoros arrotos.
Dizem que ao ser internado no asilo, um dia ele começou a quebrar os vidros das janelas. Alguém chegou pra ele e disse: Zé, de hoje em diante você será o nosso vigia, ninguém mais vai quebrar os vidros. Ele não quebrou mais nem um vidro.

Tõe Patota

Outra figura folclórica da cena urbana de Catalão nos anos 1960/70. O Tõe Patota.
Ele tinha o que porpularmente se chama de "papo" ou bócio. Com o passar dos anos, aquilo começou a prejudicá-lo de maneira a colocar sua vida em risco. Por iniciativa de João Meireles Jr., familiares e amigos, Tõe foi submetido a uma cirurgia para retirada do papo. Nesta foto é possível observar que a cirurgia já havia sido realizada, e com sucesso. Salvo engano, Dr. Abadio realizou a intervenção.

As mocinhas da cidade

A praça Getúlio Vargas sempre presente na vida dos catalanos. Nesta imagem, datada de 1945, conforme inscrição no canto inferior esquerdo, uma das senhoritas e Maria Paschoal. Ao fundo, vê-se que a atual construção, pertecente a Da. Jaziva, viúva de Dr. Lamartine, é bem diferente do que era. Do lado de baixo, o mesmo imóvel onde hoje funciona uma imobiliária.


Eu já fui criança


Em pé, da esquerda pra direita: Toni Campos, Guilherme Pimenta, Jorge Elias e a menina Gisele Faiad. Agachados: Elias Paschoal Safatle, Cláudio Safatle e Astério, neto de Irmã Yolanda Mendonça

Catalão - Década de 1970

Foto tirada da sacada do prédio de William Tartuci (recentemente falecido). Nesta época, morava no apartamento a família Paschoal Safatle (Maria Paschoal e filhos). O cidadão caminhando na calçada é o atual Secretário de Saúde de Catalão, Dr João Sebba que, à época, era ainda um pretendente a desposar Maria Célia Paschoal. Reparem no fusca vermelho, em frente ao Bar e Restaurante Irapuan, ambos de propriedade de Sr. Francisco que anos antes, administrava o bar e o restaurante do JK. A 20 de agosto, reparem, possuía mão dupla. Ao lado do Irapuan, um ponta da escada de entrada do salão de festas do CRAC.


Carnaval com Escola de Samba

Houve um tempo em que o carnaval de Catalão era animado com desfiles de escola de samba. Aqui vemos a ala dos tamborins da bateria de uma delas, a Unidos do Calangão. Da esquerda pra direita: Vado, Betonça, Marcinho Marcelino (cujo brilho está sendo ofucado pelo braço do Betonça, rssss), Zé Meireles, Tochinha. Atrás do Tochinha, não é possível reconhecer o integrante. Olha o samba aí gente!



Inauguração

Esta fotografia registra, ao que tudo indica, a inauguração do asfalto entre Catalão e Goiandira. Nela pode-se ver, da esquerda para a direita: O Governador Leonino Caiado, João Netto de Campos, Dr. Lamartine (com o rostovirado), Sr. Rola (pai do ex-prefeito Bento Rodrigues de Paula), Sr. Júlio Paschoal.


o Salão de Festas do CRAC

O Salão de Festas do CRAC, situado na Av. 20 de Agosto, onde hoje fuinciona a Farmácia Felicidade, em frente à Praça Getúlio Vargas, foi durante muito tempo, desde sua fundação até meados da década de 1980, um local que abrigava os acontecimentos sociais: bailes, carnaval, aniversários, casamentos, bodas, reuniões das confrarias, formaturas, etc. As imagens a seguir mostram a frequência de 2 públicos distintos: adultos e juventude. Observem que o traje social era uma exigência da época, neste caso, muito provavelmente, início da década de 1960.


Da esquerda para direita: João Abrão, Elias Safatle, Carlos Alberto, Maria Paschoal, Maria Augusta, Zacarias Abrão. Não reconheço a moça mais à direita. Se alguém a identificar, é só colocar em "comentários".

Edson Democh, Fátima Abrão, Nacy Safatle, REgina Fonseca, Suely Safatle, Marcos Fayad e Humberto Margon

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Bastião Mola Faca

Existem pessoas que, num determinado tempo, fazem parte da cena urbana de uma cidade. São pessoas que carregam algum tipo de debilidade mental e, por isso mesmo, tem um comportamento que destoa do "normal". E em virtude de seu comportamento passam a fazer parte do folclore do lugar. Catalão, pelas décadas de 1960 e 1970 tinha um habitante popularmente conhecido por Bastião Mola Faca que se alguém o chamasse assim ele se enfurecia, rasgava as próprias vestes e atirava pedras. Mas, fora isso era pessoa calma, sabia o nome de quase todo mundo e era fanático por bandas de música. Abaixo, foto de Bastião.


Sobre este personagem que vagava pelas ruas de Catalão, às vezes enfezado e mal trapilho e resmungado em altos brados, outras vezes de roupa limpa e calmo, escreveu Dr.Jamil Sebba:

Catalão, 10 de novembro de 1965

Bom dia pra você, Bastião Mola Faca,
Sabemos de sobejo que você não vai nos ouvir muito menos entender a mensagem que enviamos a todos os Mola-Facas de Catalão através de você. De você que é simples, que se enfeza por pouca coisa e que, quando está de bom humor, até conversa com a gente, dá o nome de todo mundo, sabe o nome de todo mundo e é fanático por bandas de música. Nesse particular, Bastião, estamos de acordo porque não sabemos se é o provincialismo enraizado no subconsciente que nos faz fãs das furiosas e das grandes bandas do Brasil e do mundo, ou se é mesmo pendor de cada um. Acontece que,como você, não entendemos patavina de música, mas, basta um para-tim-bum entrecortado de pistões e trombones e o nosso pelo se arrepia todo.
Você, Bastião Mola-Faca, existe pelo interior do Brasil inteiro e deve existir em Catalão há mais ou menos uns noventa anos - os Virgínios Cambeta, os Virgílios, não deixam fazer descontinuidade de você. Só nos resta saber quem virá depois de você. É possível que já tenha outro em formação e pode ser até seu contemporâneo, mas, no momento, o ignoramos.
O fato é que você deve existir em estado latente esperando as sua própria coroa o seu título de homem enfezado, de homem que faz vibrar a molecada com sua bronca ou as suas pedradas. A Bacia-Virou, quando morreu, já estava em atividade a dupla Virgílio e Elvirinha. Mas, agora, já estou me lembrando, o Boca de Jaú está querendo lhe passar para trás. Ele é mais convincente, freqüenta rodinhas, se apresenta em palco e se julga importante com boné na cabeça, apito na boca, flor no peito e chicote na mão.
Você é nervoso demais, quando o meu compadre Fued Pedro expôs o seu retrato em tamanho quase natural no Bar Antarctica, você quis quebrar o bar. Isso é coisa que se faça? A molecada não pode lhe ver de camisa inteira no corpo que você provoca ruptura dela com as pedradas e com o esfarrapamento da própria camisa. Olha Bastião, você está precisando de um repouso e, conforme for, até de um tratamento em casas especializadas em sonos e tranqüilizantes. Isso se você não melhorar logo, pois está na moda a gente ver narua, muita gente de bem que se parece com você.
Bastião, eu vou lhe ser franco: tem hora que até eu me pareço com você, não rasgo a roupa porque teria que comprar outra e ainda tenho consciência disso. A hora que eu perder essa noção começarei como você a atirar pedras, desgrenhar os cabelos e rasgar as roupas. De médico, poeta e louco, todos nós temos um pouco. Mas essa parcela de louco já está passando um pouco.
Tem hora que eu chego a pensar que você é insubstituível, embora não acredito nisso e seja um apologista do “ninguém é insubstituível. Você sabe, Bastião Mola Faca, que estamos achando bom conversar com você, tão bom que é capaz de amanhã tornarmos a cumprimentá-lo, sendo assim, em dizendo-lhe até amanhã, nós lhe desejamos um bom dia. Um bom dia para você.