Jair Sebba com seus sobrinhos Vera e João Sebba Neto. O caminhão, um FNM (diz-se FeNeMê) com motor Alfa Romeo, ano1958. Verdadeiramente, um ícone do transporte rodoviário. Jair Sebba, que além deste possuía mais dois caminhões, fazia o transporte de produtos fabricados em Catalão (manteiga, xarque, açúcar) e levava para os mercados paulista e fluminense. No retorno ele enchia o caminhão de mercadorias diversas e as revendia para os comerciantes catalanos.
Até 1960, quando foi inaugurada a ponte Wagner Estelita Campos e a Br050, o percurso até São Paulo era feito em pelo menos 3 dias em estrada de terra. Estrada asfaltada só a partir de Campinas. Antes da ponte Estelita passava-se por Goiandira, Cumari, Nova Aurora e Araguari. Daí pra frente o trajeto é o mesmo de hoje.
Acima, um modelo do FNM igual ao de Jair Sebba devidamente restaurado.
Até 1960, quando foi inaugurada a ponte Wagner Estelita Campos e a Br050, o percurso até São Paulo era feito em pelo menos 3 dias em estrada de terra. Estrada asfaltada só a partir de Campinas. Antes da ponte Estelita passava-se por Goiandira, Cumari, Nova Aurora e Araguari. Daí pra frente o trajeto é o mesmo de hoje.
Acima, um modelo do FNM igual ao de Jair Sebba devidamente restaurado.
A seguir, um breve histórico da FNM - Fábrica Nacional de Motores.
A construção da Fábrica Nacional de Motores (FNM) foi iniciada em 1940, no governo de Getúlio Vargas, na cidade de Duque de Caxias-RJ, distrito de Xerém. Ela foi idealizada pelo Brigadeiro Antônio Guedes Muniz, tendo sido oficialmente fundada em 13/06/42, para a construção de motores aeronáuticos, que seriam utilizados em aviões de treinamento militar. Era a época da IIa. Guerra Mundial, e em troca da utilização de bases militares no nordeste brasileiro, o governo norte americano deu incentivos financeiros e assistência técnica, para a construção tanto da FNM, como da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional).
A produção de fato começou apenas em 1946, quando o maquinário ficou pronto, e pouquíssimas unidades de motores de avião chegaram a ser construídos pela FNM pois, com o fim da guerra, os mesmos já estavam ultrapassados e se tornaram obsoletos. Nesta época a FNM já era chamada de “cidade dos motores”.
No começo de 1949 a FNM firmou contrato com a Italiana Isotta Fraschini para a fabricação de um caminhão Diesel de 7,5 lt, inicialmente apenas montado aqui, mas com projeto de nacionalização progressiva. Até o fim daquele ano foram entregues 200 desses caminhões, denominados FNM IF-D-7300 para 7.500 kg. Mas já em 1950 a Isotta, que enfrentava dificuldades financeiras em casa, veio a encerrar as suas atividades.
Em vista disso, pouco tempo depois (ainda em 1950) a FNM firmou um novo acordo, com a também italiana Alfa Romeo, pelo qual seriam fabricados os caminhões Alfa Romeo, e também chassis para ônibus, sob licença da marca italiana. Os caminhões seriam denominados FNM-Alfa Romeo D-9.500, e seriam equipados com motor de 130 CV, tendo uma capacidade de carga de 8.100 kg (aumentada para 22.000 kg, se acoplado a uma carreta de dois eixos).
Já em 1951 começou a produção do FNM D-9,500, mas a sua comercialização só se daria no início de 1952. Graças a suas características de grande robustez, foi imediatamente muito bem aceito no mercado. Além disso, era o único caminhão a possuir uma espaçosa cabine leito dotada de duas camas, ideal para longas viagens, que então duravam de semanas a meses.
Já em 1958 a FNM lançava o modelo D-11.000, com motor de 11 litros e potência de 150 CV, a qual seria aumentada para 175 CV em 1967.
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