Local conhecido como Poço do Governador, na Pousada. Na fotografia da esquerda pra direita: Cutita (esposa de Nilo Margon), João Margon e Syria Salles. As duas garotinha são filhas de Syria e o garoto é Gilberto, filho de Cutita. O advogado João Margon foi assassinado há um ano e meio atrás, em sua residência por dois marginais que estavam trabalhando e morando em uma obra vizinha à casa do advogado. Numa manhã do ano de 1969, pouco antes do horário de levantar para a escola, acordei com os gritos desesperados de Da. Matilde Margon, mãe de João, que assistia seu filho ser levado preso por soldados do exército (morava ao lado da residência dos Margon). Naquele ano, João Margon era o diretor do Colégio Anchieta. Outras pessoas, nesse mesmo dia, também foram presas, entre elas: Dr. Jacy de Campos Netto, Genervino da Fonseca, Valéria Netto, Alda Mesquita e Dilonilson. Mauro Netto, filho de Dr. Jacy, só não foi preso porque percebeu que a situação era ameaçadora e empreendeu fuga, vindo a se refugiar na Fazenda Ouvidor da Taquara (próxima ao Terminal da Copebrás), então de propriedade de Dr. William Faiad e, posteriormente, foi para Goiânai. Todos eles foram acusados de envolvimento em atividades subversivas. Em 1969 os militares completaram 4 anos no poder e nele permaneceriam mais 16 anos. Foram anos de perseguições, torturas, mortes, censura, exceção.
Nenhum comentário:
Postar um comentário