O que estas duas fotografias têm em comum? A primeira é Joana, conhecida como Joana do DAvi. Ela é irmã de João a quem já me referi aqui no Blog em outra oportunidade. Lembram-se? Ele aparece em uma fotografia agachado rodeado de pessoas num baile no CRAC. Na segunda foto, também já publicada, a garotinha é Yoli, filha de Álvaro Paranhos e Dily Mendonça e a babá é Eva, mãe de Nina, mãe de Joana, portanto, Joana é neta de Eva. Joana é irmã, também, de Teca, que comanda um dos mais tradicionais e numerosos ternos de congo de Catalão. Outra irmã de Joana, é Maria do Rosário, ou, simplesmente, Rusária. Rusária é uma daquelas pessoas que, se não é santa, é o mais próximo que um ser humano pode chegar. Cuidou dos 4 filhos de Marlitt e William Faiad; num determinado tempo, em São Paulo, ajudou a olhar os filhos de Yedda; ajudou a olhar Fernanda, filha de Lúcia e Fernando Netto, quando este fazia sua residência médica em São Paulo; quando Da. Izabel Mendonça Netto adoeceu e permaneceu acamada por vários anos, foi Rusária quem cuidava dela; quando João Netto de Campos por anos inválido, acometido de doença degenerativa, lá estava Rusária dando sua inquestionável ajuda. Hoje, aposentada, mora com a irmã e sobrinhos, na casa da família, no Bairro Mãe de Deus.
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quinta-feira, 29 de julho de 2010
Neta e Avó
O que estas duas fotografias têm em comum? A primeira é Joana, conhecida como Joana do DAvi. Ela é irmã de João a quem já me referi aqui no Blog em outra oportunidade. Lembram-se? Ele aparece em uma fotografia agachado rodeado de pessoas num baile no CRAC. Na segunda foto, também já publicada, a garotinha é Yoli, filha de Álvaro Paranhos e Dily Mendonça e a babá é Eva, mãe de Nina, mãe de Joana, portanto, Joana é neta de Eva. Joana é irmã, também, de Teca, que comanda um dos mais tradicionais e numerosos ternos de congo de Catalão. Outra irmã de Joana, é Maria do Rosário, ou, simplesmente, Rusária. Rusária é uma daquelas pessoas que, se não é santa, é o mais próximo que um ser humano pode chegar. Cuidou dos 4 filhos de Marlitt e William Faiad; num determinado tempo, em São Paulo, ajudou a olhar os filhos de Yedda; ajudou a olhar Fernanda, filha de Lúcia e Fernando Netto, quando este fazia sua residência médica em São Paulo; quando Da. Izabel Mendonça Netto adoeceu e permaneceu acamada por vários anos, foi Rusária quem cuidava dela; quando João Netto de Campos por anos inválido, acometido de doença degenerativa, lá estava Rusária dando sua inquestionável ajuda. Hoje, aposentada, mora com a irmã e sobrinhos, na casa da família, no Bairro Mãe de Deus.
Feliz aniversário
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Gente da Nossa Terra (5)
De Campinas foi para Estrela do Sul onde conseguiu trabalho no curtume de Oswaldo Guimarães. Nessa época, veio ao mundo mais um rebento, uma menina de nome Amália.
Em 1910 mudou-se para Catalão e Amália veio a falecer. Contudo outros cinco filhos nasceram. São eles: Max, Aida, Maria, Mário e Zequinha.
Em solo catalano, João Margon adquiriu terreno onde montou uma olaria e com os tijolos ali produzidos construiu um curtume, ao lado do curtume de Antônio Kotinik o qual, mais tarde veio a ser adquirido por João Margon.
Seguindo o costume europeu, todos na família tinham seus afazeres na empresa familiar que crescia e se diversificava. Assim foi que do curtume originaram-se uma selaria e uma sapataria.
Em 1925 adquiriu a charqueada de João Vaz, que ficava na margem direita do Ribeirão Pirapitinga e onde abatia cerca de 100 rezes por dia cuja carne, transformada em charque, era comercializada no Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco e Minas Gerais. O couro era curtido ali mesmo e parte dele abastecia a sapataria e selaria e o restante era vendido em Minas e São Paulo. Em 1926 os resultados financeiros dos empreendimentos de João Margon foram os piores possíveis o que levou o empresário a pedir concordata no ano seguinte, como forma de quitar, em 2 anos, 50% das dívidas contraídas. Vencido o prazo, todas as dívidas foram pagas com a respectiva carga de juros, uma dívida de 750 contos de réis, computados os juros, elevou-se para 1000 contos de réis.
Vencido aquele obstáculo, retomou suas atividades, importou novos equipamentos da Alemanha e passou a produzir derivados de couro com grande aceitação no mercado.
Em 1930 adquiriu de Salviano da Costa, a fazenda Córrego do Almoço ampliando ainda mais suas atividades. Em 1942 fechou a selaria e a sapataria e dedicou-se ao curtume e charqueada até sua morte em 13 de fevereiro de 1951.
Em seu tempo, João Margon foi considerado um dos maiores industriais do Brasil Central, chegou a empregar 200 funcionário distribuídos na selaria, na sapataria e na charqueada chegando, inclusive, a construir uma pequena usina geradora de eletricidade para atender a sua própria demanda e de sua residência, situada na Rua Carajás, onde residiu por 44 anos.
Ali mantinha um pomar e uma horta diversificados a ponto de produzir vinho e vinagre com as uvas que cultivava.
Adotou Catalão como sua terra e quando alguém lhe perguntava a nacionalidade, ele respondia: “sou goiano de Catalão”.
Bom tempero
No mercado municipal
Encontro de casais
Gente da nossa Terra (4)
A ela sempre recorriam para as ornamentações das festas religiosas. Foi filha de Maria toda a sua vida e presidente da Pia União das Filhas de Maria por mais de 25 anos. Sua dedicação às causas da igreja não tinha limites. Durante mais de 20 anos cuidou e zelou da roupa da igreja, lavando e passando, cuidando da roupa sacra. Essa atribuição, com sua morte, passou para a irmã, Dalva que, assim como Benvinda, foi dedicada zeladora das coisas da igreja em Catalão.
Bem dizia o seu nome Maria Benvinda, pois era benvinda em todos os lares catalanos, conhecida que era pela humildade, zelo e fé com as coisas de Deus.
Maria Benvinda foi uma santa mulher que se elevou no conceito e admiração de toda Catalão, ficando seu nome gravado na memória como símbolo de bondade.
Faleceu em 6 de agosto de 1956, indo para Deus de quem sempre foi.
sábado, 24 de julho de 2010
Gente da nossa Terra (3)
(extraído de "Nossa Gente" de Maria das Dores Campos)
Gente da Nossa Terra (2)
Filho de Francisco Victor Rodrigues (o Chico Manco) e D. Felicidade da Silveira Rodrigues (Dadinha). Chico Manco foi quem inaugurou a Farmácia Felicidade, no século XIX.
Em 1892 Gastão foi para Paracatu – MG e em 1898 diplomou-se no curso normal e retornou a Catalão. Em 1901 foi para Uberaba exercendo o magistério e o jornalismo. Em 1902 morrem dois de seus irmão (Alceu e Josias). Nesta época, deixa Uberaba e muda-se para Vila Boa (cidade de Goiás – capital do Estado) e ingressou na Academia de Direito de Goiás, diplomando-se em 1906. Durante esse período, ocupou a Secretaria do Interior, Justiça e Segurança Pública. Em 1907 é nomeado Juiz Municipal na cidade de Rio Verde, porém, não tomou posse no cargo e retornou a Paracatu depois de ter sido exonerado do cargo de Professor do Liceu de Goiás, e na cidade mineira casou-se com Leonor Pimentel Ulhoa. Em 1909 lança “O Paracatuense”, jornal de conteúdo político, noticioso, literário e agrícola. No ano seguinte publica, em folhetim, a novela catalana “O Cazeca”.
Tendo sido batido na política, regressa a Catalão em 1912 onde é nomeado Delegado de Polícia, cargo que ocupou por poucos dias. Com a criação da Comarca de Anápolis, em 1915, Gastão é nomeado o primeiro Juiz daquela cidade. Escreveu “Páginas Goianas” com biografias e contos dedicados a Engênio Jardim e José Xavier de Almeida. Como seus irmãos Alceu e Josias, Gastão faleceu jovem, com apenas 34 anos (em 1917), deixando os filhos Dilênia, Manuel, Alcir, Donizeth, Gastão e Norita.
Em Catalão, Gastão Victor Rodrigues foi professor particular de Mário de Cerqueira Netto ( o Nhozico), João de Cerqueira Netto e Felicidade de Cerqueira Netto (filhos de João de Cerqueira Netto, o 1º intendente de Catalão). Não gozava de boa saúde, era franzino. Em seu livro “Parnaso Goiano” realiza um estudo crítico dos poetas goianos.
(Extraído de “Gente Nossa” de Maria das Dores Campos)
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Faça uma criança feliz
Todo o resultado das doações, roupas, sapatos, cobertores e brinquedos eram guardados na antiga sede do Banco do Brasil que nessa época já havia se transferido para a nova sede.
A distribuição dos donativos era feita mediante a apresentação de senhas, previamente entregues às pessoas carentes cadastradas.
As fotografias a seguir são o registro daquela ação filantrópica. (fotografias gentilmente cedidas por José Afonso Aires Mesquita)
terça-feira, 20 de julho de 2010
Gente da nossa terra 1
Randolfo Campos deixou um caderno de manuscritos contendo 54 poesias. A seguir, trechos de sua obra.
Melancolia (São Gotardo, sua terra natal, em 1897)
Vida! Que és tu sinão um caos imenso
Donde brotando estão a cada instante
Num referver terrível, cruciante
Dores atrozes, sofrimento intenso!
XI de Outubro (Catalão, em 1899 – dedicada a Benildes Donai Victor Rodrigues, sua 1ª esposa)
Ao murmúrio das águas que deslisam
Como cantava o poeta à sua amada
O dia do teu amor eu cantava
Numa alegre canção viva inspirada
Esperança (São Gotardo, em 1897)
A esperança é a estrela brilhante
Que aparece nas trevas da vida
Que consola-nos a alma abatida
Estimula a coragem expirante.
Dedicatória (soneto dedicado a Beni, então sua esposa)
Pois que tu és minha companheira
Em cujo peito esta alma achou guarida
Achando o puro bem que desejava
E mais se estima nesta curta vida.
Randolfo Campos, nascido em São Gotardo – MG, em 1873, filho de José da Silva Campos e Joaquina Lina de Campos, foi, também, músico. Tocava acordeon e violão e foi durante as aulas de acordeon que ministrava para a jovem Benildes, que surgiu o romance e dele o casamento do qual nasceram os futuros advogados Tharsis e Jairo Campos, este último veio a ser desembargador no Paraná. Habilitado em concurso público, ocupou, vitaliciamente, com extremado zelo o cargo de 2º Tabelião e oficial do Registro Geral das Hipotecas. Do casamento com Beni, além de Tharsis e Jairo, nasceram Clóvis (falecido com 4 anos), Áurea (falecida com 2 anos). Em 1919, morando no Rio de Janeiro, Da. Benildes faleceu e, de volta a Catalão, em 1922, Randolfo casou-se com Da. Henriqueta Borges Campos e dessa união vieram ao mundo Heber Campos e os gêmeos Maria José e José Mário. De 1930 a 1934 foi prefeito interino. É o patronoda cadeira XI da Academia Catalana de Letras, que depois foi ocupada por Maria das Dores Campos.
A biografia de Randolfo Campos é extensa, como extenso é o legado que ele deixou para os catalanos que advogam ou pretendem advogar as grandes causas sociais.
(Extraído de "Gente Nossa" de Maria das Dores Campos)
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Uma cisterna
Festa do Rosário
Observem que o ranchão ainda era rancho mesmo, com cobertura de palha e as dimensões bem reduzidas se comparadas aos dias de hoje.
Um evento cívico
Feliz Natal
Normalistas
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Arari e Zefina
Terno de Congo
Vamos a la playa
Então, é Carnaval?
Casa de Helena Salles
domingo, 11 de julho de 2010
Comercial Futebol clube
(agachados) Batatinha, Dário, Fião, Gilbertinho, Lota e o massagista Francisco.
Posto Texaco
Nazira, Edmilson e Filhos
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Vereadores
No centenário
Bem à direita, de óculos e terno escuro, me parece ser o médico Nadim Safatle e ao seu lado, Marlitt Netto Faiad. Observem o senhor de óculos mais ao centro: ao lado dele, conversando com outro dos presentes, me parece ser Pedro Paranhos, sogro do Mauro Netto do cartório.
Renè Deckers
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Sai romance de Halley Jr.
O romance “Paisagem com Cavalo” (menção honrosa no Prêmio Sesc), de Halley Margon V. Jr., será lançado na Livraria Travessa, no Rio de Janeiro, em 26 de agosto, pela Editora 7 Letras.
O livro modernista, muito bem escrito, não é uma cópia das firulas de James Joyce e epígonos. Tem “identidade”.
Halley Júnior é filho do ex-deputado e ex-prefeito de Catalão Haley Margon Vaz. Morou em Londres e reside no Rio há vários anos. Formado em arquitetura, seu verdadeiro dom, se se pode dizer isto, é a literatura. Leitor infatigável de James Joyce e Guimarães Rosa, dois dos mais importantes prosadores do século 20, o segundo, ao lado de William Faulkner, filho do primeiro, Halley é dono de uma prosa que parece escorregadia e, aqui e ali, enviezada, mas, ao final da leitura, se percebe, por assim dizer, a limpidez de sua prosa.
É uma estreia, mas o resultado é de um autor maduro e seguro de seu ofício. Espera-se que Halley abra a gaveta e publique novos romances.
terça-feira, 6 de julho de 2010
Um catalano chamado João Martins Teixeira
Sábado, 3 de junho de 2010 estive algumas dezenas de minutos experimentando estar na presença de uma das personalidades mais interessantes e que é uma verdadeira enciclopédia em se tratando da história de Catalão. De fato, uma experiência ímpar. Sábado estive a conversar ou, mais corretamente colocado, estive ouvindo o Prof. João Martins Teixeira, um catalano nascido a 1º de outubro de 1924 e que carrega na bagagem, nesta sua viagem terrena, a marca registrada do pioneirismo. A começar pelo sogro, Otílio Rosa, o primeiro dentista com formação acadêmica de Catalão. Filho de Olegário Martins Teixeira e Da. Clotildes Maria Borges, Prof. João Martins montou o primeiro laboratório de análises clínicas de Catalão, em 1948. É, também ele, o pioneiro em realizar transfusão de sangue sem a utilização dos equipamentos adequados, tendo para isso, desenvolvido processo próprio via gravidade. Casado com Da. Shirley Rosa Teixeira, sua colega de classe do curso de Farmácia em Ribeirão Preto, com quem trouxe ao mundo João Martins Jr., Elaine, Juarez e Virgínia. Foi pioneiro, também, na utilização de sapos para realizar testes de gravidez, técnica desenvolvida por um cientista argentino (Ganini) e que aprendeu em seus estágios pós graduação na capital paulista. De acordo com o Prof. João Martins, “usava-se coelhos, mas a margem de acerto era muito pequena. Com sapo, não, com sapo era 100% de acertos”.
Além do pioneirismo o que impressiona neste jovem senhor de 86 anos, são os números:
No hospital de Goiandira realizou 4500 anestesias (1953 a 1972);
No hospital Nasr Faiad, em Catalão, a serviço de Dr. Jamil Sebba e Dr. William Faiad realizou 6.750 anestesias (1958 a 1970).
Na Santa Casa de Catalão, além de montar e comandar o Laboratório desde 1966 até 2008, realizou, a serviço do Dr. Lamartine P. Avelar, 7200 anestesias de 1959 a 1966. Além disso, foi responsável pela estruturação e comando do Banco de Sangue daquela casa de saúde. Eram, aqueles, tempos difíceis, de poucos médicos especialistas disponíveis no mercado de trabalho e de escassos, porém, muito bem utilizados recursos técnicos e financeiros.
No magistério, além de lecionar nos principais estabelecimentos de ensino de Catalão, dirigiu com muita responsabilidade o colégio Estadual João Netto de Campos. Lá montou um bem equipado laboratório, onde os alunos praticavam a teoria aprendida em classe, além de construir toda a praça de esportes da escola com piscina e quadras poliesportivas. É o autor do hino oficial do colégio.
Autor, também, de várias obras relacionadas à sua profissão, que exerceu por 60 anos, Prof. João Martins fala com um misto de satisfação, orgulho e gratidão dos tempos em que, atendendo ao chamado de João Netto de Campos, então prefeito eleito de Catalão, em 1946, não mediu esforços para auxiliar na concretização de uma das maiores obras assistenciais de Catalão, quiçá do estado: a Santa Casa de Misericórdia, onde encerrou a carreira em 2008. E é com orgulho, também, que ele conta o pioneirismo de sua primeira transfusão de sangue de urgência, realizada atendendo pedido do Dr.Lamartine: “foi em 1951, uma parturiente de 17 anos, na zona rural”. Sem os devidos equipamentos Prof. João Martins improvisou toda a parafernália com o que encontrou disponível no laboratório e em farmácias e, já na fazenda, não havendo doador compatível (grupo “O”) ele próprio se prontificou em doar sangue. Dia seguinte, nova transfusão, porém, com sangue já preparado. Uma semana depois a paciente foi trazida para a cidade e se recuperou satisfatoriamente, tanto assim que ela só veio a falecer ano passado.