Paulo Abrão, assíduo frequentador da Panificadora, também, deu seu depoimento para minha monografia.
Seu Fiore não bebia na frente dos filhos, e os filhos não bebiam na frente dele. Então ficava ele de um lado do balcão, o copo assim por baixo e o Mário na outra ponta de lá com seu copo também. Aí eles iam bebendo, bebendo, iam ficando bêbados, iam chegando perto um do outro e quando eles já estavam bem tonto, aí não tinha jeito mais de esconder o copo. E numa vez quando os dois já estavam bem bêbados o Mário chegou pro pai e perguntou: “pai, esse dinheiro todo que o senhor já ganhou e bebeu tudo, se fosse hoje o que é que o senhor faria”? O pai respondeu: “bebia tudo de novo”. (Paulo Abrão, depoimento, setembro/2006)
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